O Expresso da Vitória abriu os caminhos das Américas. Ganhou tudo, foi sensacional. Mas, nada como a conquista das Américas no ano do Centenário!!! Conquistamos o maior título da nossa história em uma campanha muito brigada, mas de muitas glórias!

Vindo como campeão brasileiro de 1997, o Vasco acabou sendo colocado em um grupo muito forte, no qual ainda se encontrava o sempre “copeiro” Grêmio e os multimilionários mexicanos América e Chivas, e com um tabela nada agradável.

Após 3 jogos iniciais TODOS fora de casa, no qual conquistamos apenas 1 ponto, fomos arrancar a classificação em casa, com 2 vitórias grandes contra o Grêmio e o Chivas, e restando um empate contra o América para selar a vaga como segundo do grupo.

Nas oitavas, de cara o atual campeão, o Cruzeiro campeão de 1997. Ganhamos por 2×1 em casa e seguramos um 0x0 heróico no Mineirão para avançarmos.

Nas quartas, de novo o Grêmio. Com 1×1 em Porto Alegre, voltamos para assegurar um 1×0 suada na Colina e avançarmos às semifinais.

Nas semifinais, o temido River Plate, base da seleção argentina e justificando ainda mais o codinome de “Millionarios”, com craques e um time fantástico, que havia nos eliminado na SuperCopa da Libertadores de 1997 vencendo os 2 jogos. Fizemos o placar mínimo aqui e  fomos arrancar um novo empate de 1×1 fora de casa com um gol antológico, inesquecícel: o gol do Juninho, Monumental.

E na final, para coroar essa luta ercúlea, veio o Barcelona. Não era o famoso, mas era o de Guayaquil, mas o então muito bem estruturado clube equatoriano, com uma estrutura de dar inveja a quase todos os clubes brasileiros. Afastamos o fantasma, vencemos os 2 jogos. Fomos campeões com autoridade, levantando a Cruz de Malta ao topo das Américas.

Neste dia, apesar de o jogo ter sido tarde da noite, vi homens chorando como crianças, mulheres histéricas como nunca e crianças ainda acordadas para vibrar com o que elas não imaginariam ser tão grande: o Vasco era o maior das Américas.

Depois de meio século, o Vasco voltava a se mostrar como Dono das Américas. O Vasco voltava a mostrar aos demais que a sua história é única. Como sair do nada para ser o maior de todos, com a força da união de todos, na época que todo vascaíno remava para um só lado.

Hoje, a realidade é outra. Voltamos a ser um clube dividido e a torcida se deixou ser lavada pelos mandos e desmandos intramuros de São Januário. Deixamos de querer comandar o nosso destino de ser grandes, para deixarmos a vida nos levar por quem está com o mandato que nós podemos delegar, cobrar, botar e tirar.

Só falta voltarmos a nos unir e buscar o Vasco maior do que todos.

Ah, e hoje tem Vasco x Chapecoense em um confronto direto para nos afastarmos da zona da degola do Brasileirão. Como diria um grande narrador brasileiro: “Que fase!”.

/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/