Ontem, na ressacada, enfrentamos mais um adversário direto na briga para evitarmos o rebaixamento. Dessa vez, o adversário foi o Avaí. O Vasco vinha de dois revezes contra Chapecoense e Sport. Digo revezes pois tivemos os jogos nas mãos e falhamos, nas duas oportunidades, em resolvê-los. Dessa vez, no entanto, foi diferente. O meio campo e o ataque não se mostraram tão displicentes como nas últimas duas rodadas e finalizaram o jogo logo nas primeiras oportunidades.

O jogo foi animado. Logo no início, após uma tentativa de chute de Matheus Vital que ao ser bloqueado pela zaga adversária tornou-se um passe na beirada da área, Wagner aproveitou, ajeitou a bola e fez um belíssimo gol, acertando aonde a Coruja dorme. A bola foi no ângulo, despretensiosamente. Se no basquete, falam que a cesta que não toca o aro foi de “chuá”, ontem o gol foi de “chuá”, a bola acertou a extrema direita do goleiro, tocou as redes e caiu, seca.

Depois do gol, o time de Florianópolis se desencontrou. O nervosismo daqueles que consideravam obrigação ganhar do Gigante da Colina, segundo fala do zagueiro alviceleste, Alemão, ficou óbvio. O time de São Januário aproveitou e impôs o seu ritmo de jogo. No final do primeiro tempo, depois de um escanteio, Nenê aproveitou novamente rebote, novamente da zaga do Avaí, cruzou para a cabeça de Wellington que ajeitou para Ríos concluir em gol. 2 a 0. Vasco dominando e assim acabou o primeiro tempo.

No segundo tempo, os vascaínos mais empolgados já imaginavam uma goleada.  No entanto, ser vascaíno esse ano é viver entre o céu e o inferno e, tal qual todos os jogos vascaínos de 2017, algo acontece para atrapalhar o bom momento. Ontem, em jogada infantil, Rios colocou a mão no rosto de Pedro Castro e foi expulso. Em seguida, a falta foi batida e o zagueiro Betão completou para gol. 2 a 1 e o jogo fácil começa a tomar contornos de tragédia. As falhas contra Chapecoense e Sport vieram logo a cabeça.

No entanto, esse jogo foi diferente. Zé Ricardo finalmente foi corajoso e fez uma substituição correta, tirando Vital que, mais uma vez, estava desaparecido em campo, e colocou Paulo Vítor. A veloz revelação vascaína freiou os avanços dos donos da casa e, dessa forma, mantivemos o resultado.

Notas:

  • Martin Silva – Nota 6. Foi bem. No entanto segue inseguro na saída do gol.
  • Madson – Nota 6. Se não é brilhante no ataque. Faz muito bem a cobertura e tem a velocidade a seu favor. Apesar de ser pouco efetivo na utilização do seu “dom”. Ontem acertou seu segundo cruzamento no ano. Parabéns!
  • Paulão – Nota 7. Não comprometeu. Jogou sem frescura e soube fazer o feijão com arroz.
  • Anderson Martins – Nota 8. Segue sendo o principal nome deste time. Dá muita segurança à zaga e é excelente na transição de bola. Mais um belo jogo.
  • Ramon – Nota 6. Muito importante no jogo. Deixou de ser decisivo como vinha sendo, mas é de longe o melhor da posição.
  • Jean – Nota 7. Como sempre muito eficaz na recuperação de bolas. Um cão de guarda.
  • Wellington – Nota 7. Foi mal no início do jogo. No entanto, após a expulsão de Ríos, foi o mais dedicado em campo e trabalhou até o fim, apesar das cãibras.
  • Matheus Vital – Nota 5. Mais um jogo desaparecido. Tem potencial, mas precisa deixar de ser tão tímido. Caso continue assim será como seu xará, Mateus Índio.
  • Nenê – Nota 7. Muito melhor que nos últimos dois jogos. Jogou sério e foi o direto responsável pelo segundo gol.
  • Wagner – Nota 9. Finalmente uma atuação digna de Wagner. Criou diversas oportunidades e, logo no início, foi responsável por um gol antológico.
  • Rios – Nota 5. Demonstrou oportunismo ao fazer o segundo gol. No entanto, foi expulso em jogada infantil e desfalca o Vasco contra o Botafogo.
  • Pikachu – Nota 5. Entrou no lugar de Wagner e foi pouco produtivo. Sempre tentando algo na correria e na vontade.
  • Paulo Vitor – Nota 6. Entrou no lugar de Vital. Foi pouco produtivo também, mas desempenhou papel tático fundamental para a vitória.
  • Rafael Marques – Sem nota. Entrou no final no lugar de Nenê e teve pouquíssimo tempo em campo.
  • Zé Ricardo – Nota 8. Foi muito bem nas substituições, finalmente, e com elas, garantiu a vitória.

Obs: A expulsão de Rios pode vir a ser ruim para o time. Afinal contaremos com a volta de Fabuloso, mas sem ritmo. Ele seria o reserva direto do ataque, no clássico de sábado.

Saudações Vascaínas