A Cultura do Sofrimento ?

Muitos vão pensar que um artigo com esse nome é o reflexo da falta de motivação que possa tomar o pensamento dessa imensa nação de vascaínos espalhados pelo Brasil e pelo mundo,  por ocasião dos fracassos que se sucederam nesta última década com nosso amado Vasco da Gama.

Entretanto, ele vem trazer à tona a imensa força que apenas os que vivem essa paixão podem entender.

Não é de hoje que, dentro de campo, o Vasco da Gama, detentor de inesquecíveis glórias no cenário esportivo mundial,  ficou marcado como “O TIME DA VIRADA”, que ressurge das cinzas para brilhar.

Qual torcedor não possui, ao menos, uma história para contar sobre uma virada emocionante que tenha presenciado ao vivo, em algum momento de sua vida?

Quantos pequenos vascaínos não se decidiram pelo amor incondicional e eterno em uma virada espetacular do nosso Gigante?

Entretanto, parece que essa mesma confiança de que em algum momento a vitória acontecerá, ultrapassou os limites do campo e dominou as seguidas diretorias nesses últimos anos.

Fica evidente, entretanto, que o poder de reação executivo não é proporcional ao que sempre tivemos dentro das quatro linhas. Com certa frequência, vemos clubes com menor expressão negociar, e conseguir, atletas em bom nível para representá-los, enquanto nossos dirigentes aparentam clara letargia na criatividade e tomada de decisão.

O Brasileiro de 2015 demonstra claramente essa postura, na qual patinamos demais até montar um grupo que realmente pudesse representar o Vasco à altura de suas tradições.
Mas foi tarde demais e tivemos que amargar mais um rebaixamento. E, se não bastasse a demora na formação desse mesmo time, demoramos a ver que o grupo havia perdido a liga durante a série B de 2016.  E foi por pouco.

Agora, depois de passado o susto, mais uma vez iniciamos o ano patinando na obtenção de reforços. Que agora estão chegando, é bem verdade, mas que deixam um sentimento ultimamente bem comum em nossos corações: o de que precisamos sair perdendo e virar o jogo depois.

Será que isso é necessário? Já não basta a emoção de dentro de campo?

É hora de planejamento. É hora de pensar no Vasco. É hora de unir esforços. É hora de afastar a arrogância e a prepotência. É hora de aprender a ouvir… E trabalhar.

É a hora de fazer com que essa seja a virada definitiva.

E, como sempre acontece, por mais que tenhamos cicatrizes, nós torcedores estaremos sempre dispostos e revigorados para apoiar aquele que nos acompanha desde nossa infância.

Saudações Vascaínas