Um dos principais personagens da vitória de domingo sobre o Cruzeiro, o lateral Fabrício, comentou ontem sobre o episódio ocorrido no domingo. Curiosamente, essa foi à segunda vez no ano em que o jogador foi vaiado e aplaudido no mesmo jogo. A primeira vez foi na semifinal do Carioca, quando fez o gol da vitória sobre o Fluminense.
O ano de Fabrício tem sido uma verdadeira gangorra. Responsável direto na perda do título Carioca desse ano, quando foi expulso de forma infantil e irresponsável no primeiro tempo, o jogador ainda se envolveu no polêmico episódio da foto, ocorrido quando time ainda disputava a Copa Libertadores. Fabrício comentou a respeito: “Eu já estava preparado para isso. Se outro do elenco errar, não é a mesma cobrança que tem comigo. Estou calejado. Não postei foto, não confrontei a torcida, mas sabia que teria conseqüências.”
Após isso, Fabrício foi afastado e colocado no mercado. Os meses passaram, não houve proposta e o jogador chegou a ser esquecido. Com a chegada de Valentim, Fabrício ganhou força. O técnico disse que contava com ele. Fabrício passou a atuar como meia e não perdeu mais a vaga no time titular. A boa atuação contra o Flamengo ajudou para isso, mas parece que Fabrício gastou tudo no clássico contra o rival rubro-negro. De lá para cá, foram atuações muito ruins. Até culminar no episódio de domingo.
Valentim tem arriscado seu pescoço, jogo após jogo, ao manter Fabrício no time titular. Contra o Cruzeiro, o técnico e o jogador foram coroados pela persistência. Coincidência ou não, o Vasco está invicto desde que Fabrício assumiu titularidade (4 empates e 2 vitórias).
Não creio que Fabrício seja um jogador perseguido de forma injusta. A série de acontecimentos negativos em que ele foi protagonista no ano justifica a falta de paciência que o torcedor tem com ele. O ponto em que concordo com o atleta é que, durante o jogo, a torcida deve apoiar estar ao lado do time. Vaias durante o jogo é o chamado “fogo amigo”, só prejudica o time. A torcida tem todo o direito de vaiar, mas precisa ser inteligente e fazer isso, se necessário, na hora certa.
Quanto ao jogador, não adianta adotar um discurso de coitadinho. Jogador de futebol recebe o preparo necessário e salários bastante satisfatórios para dar retorno em campo. É preciso que se faça essa reflexão antes de qualquer coisa.
Fabrício provavelmente seguirá sendo titular. Resta a nós torcermos para que ele vá bem e siga ajudando o time a manter a invencibilidade conquistada após seu retorno a titularidade.
/+/Saudações Vascaínas/+/
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