E mais uma vez há alteração na gestão de futebol da administração Campelo. Paulo Pelaipe e Newton Drumond nem completaram 5 meses de casa e são mais duas pessoas a aumentar o índice de desemprego brasileiro. Para substituí-los foi chamado Paulo Cesar Gusmão, conhecido da torcida vascaína por suas oportunidades como técnico em São Januário. Além de PC, outro velho conhecido retorna a casa, Jorginho, que teve a missão (quase bem sucedida) de evitar o rebaixamento em 2015 volta com objetivo similar.

Com a saída de Fred Lopes (e os outros 12 vice presidentes ligados a Identidade Vasco) foram iniciadas as mudanças no futebol vascaíno. A vacância da vice presidência de futebol por mais de um mês e sem qualquer indicação de quem seria o responsável pela pasta, causavam uma instabilidade. Certo que essa instabilidade pouco transparecia graças aos trabalhos de Pelaipe, Drumond e Zé Ricardo para isolar o futebol. No entanto, mais essa função, sobrecarregava o técnico.

A sobrecarga e os problemas políticos, além do rompimento do caso de amor com a torcida e o problema de indisciplina dos jogadores foram fatores preponderantes para que Zé Ricardo pedisse demissão. Dado esse passo, Campelo viu a necessidade de adiantar a reformulação no futebol (essas mudanças aconteceriam, mas durante a Copa). Com as turbulências políticas, fato comum a essa gestão, o presidente viu a oportunidade de apaziguar os ânimos, trazendo peças de reposição que agradasse Eurico. Dessa forma, os escolhidos foram PC e Jorginho ambos velhos conhecidos do senhor de charutos.

Essa reformulação já mostra seus reflexos nos jornais. Os jogadores que estavam afastados (mas já haviam sido reintegrados) e gozavam de menos prestígio que os demais, voltam a ser relacionados. As contratações pretendidas por Zé, em sua maioria jogadores de pouco renome, mas novos, são substituídas por especulações sobre jogadores mais velhos conhecidos do grande público, mas que tiveram seu auge há bastante tempo.

Jorginho tem uma missão difícil pela frente. Sem seu interlocutor, Zinho, terá que contar com Bigode para o trato com os jogadores. Perde-se em inteligência, ganha-se em trato de boleiro. Perde-se em apostas para o futuro, ganha-se em experiência. Saem as velhas cismas com jogadores, entra um técnico disposto a dar oportunidades. Acabam as variações táticas e começa o jeito único do Vasco jogar. Não sei se era o nome ideal (particularmente preferia Guto Ferreira), mas era o que dava dado a condição financeira vascaína.

Enfim, não se enganem, esse ano nosso objetivo é escapar do rebaixamento e se conseguirmos, poderemos respirar melhor no próximo ano. Acho que, ao pararmos de insistir com as mesmas peças, temos grandes chances de cumprir esse objetivo. Sorte a Jorginho e a PC.

Saudações Vascaínas