Na comemoração dos 120 anos do Vasco presenciamos as mais diversas declarações, na Câmara dos Vereadores. Foram ídolos do futebol, tal qual Roberto Dinamite, expoentes da política carioca que se declaram vascaínos e, é claro, os políticos que foram responsáveis pelo difícil 2018 que estamos enfrentando. Júlio Brant, Alexandre Campelo e Eurico Miranda.
Dentre todos os candidatos a presidência vascaína nesse último pleito, quem chamou mais a atenção foi o antigo mandatário Eurico. Figura opulenta que tornou-se contumaz tanto nas páginas de esporte dos jornais quanto nas de política e policiais, Eurico sempre teve como traço marcante a arrogância e os charutos.
Hoje, uma figura que nem de perto lembra o cartola vascaíno foi observada na Câmara dos Vereadores fazendo um discurso emocionado sobre o nosso Vasco da Gama. Em meio a tossidas e com uma voz deveras rouca, Eurico falou brevemente sobre a grandeza do Gigante da Colina e quanto o dirigente ainda deve a agremiação de São Januário.
O ex-presidente vascaíno definha. Rumores dão conta que o câncer que já havia atacado a garganta, agora, volta a se manifestar. Dessa vez, no cérebro, atrapalhando funções motoras e deixando-o preso a uma cadeira de rodas.
Idolatrado por alguns, temido por grupos e odiado pela maioria, a presença política de Eurico não lança mais sombra em São Januário. Agora, unicamente dedicado a própria saúde, provavelmente não ouviremos falar do folclórico dirigente nos corredores de nosso estádio e, em algum tempo, nem nas sociais seu nome será lembrado.
O sobrenome Miranda parece compartilhar do mesmo destino. Sem um sucessor forte, a história apagará as gestões e Eurico será lembrado como sempre deveria ter permanecido: um excelente diretor de futebol. Nunca, no entanto, hábil o bastante para comandar um clube.
Apesar das desastrosas gestões devemos agradecer pelo tempo quando esteve a frente do futebol.
Obrigado dirigente Miranda. Até mais ver.
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