Uma partida de futebol possui 90 minutos, divididos em dois tempos de 45 minutos cada. Em ambos os tempos, além dos 45 minutos, os árbitros dão alguns minutos de acréscimo para compensar o tempo em que a bola esteve parada, seja pelo número de faltas, número de substituições ou atendimento a jogadores.
E é justamente nesses acréscimos que o cuidado deve ser redobrado, pois nele residem perigos. Perigos esses que o Vasco vem sofrendo muito ultimamente.
No início de 2018, o Vasco se beneficiou bastante disso. Em boas ocasiões, conseguiu virar jogos nos minutos finais das partidas. Mas desde a final do Estadual, a coisa virou de lado. O Vasco empatava em 0x0 com o Botafogo até os 49 do segundo tempo, quando Joel Carli marcou e levou o jogo para os pênaltis. Na disputa, o Botafogo venceu por 4×3 e se sagrou Campeão Carioca.
No Brasileiro, vencíamos o Atlético Paranaense até os mesmos 49 do segundo tempo, quando em uma bobeada de Raul, Léo Pereira empatou o jogo. Contra o Grêmio, no Olímpico, o jogo se encaminhava para um empate suado em 1×1, quando Matheus Henrique arriscou de longe, no meio do gol, mas Martin Silva engoliu um frangaço. Advinha em que marca? Exatamente, nos mesmos 49.
Em 2019 sofremos do mesmo mal na final da Taça Rio. Tiago Reis abriu o placar, o jogo parecia resolvido, quando em falha da zaga, Arrascaeta empatou aos 48 do segundo tempo. Na disputa de pênaltis, nova derrota.
Mas o Vasco parece não ter aprendido a lição. Domingo, em um jogo de péssima qualidade, vencíamos o Avaí por 1×0 e, novamente, cedemos o empate para os catarinenses nos acréscimos. Daniel Amorim venceu Ricardo, Werley e Sidão, empatando o jogo aos 49 da segunda etapa.
O Vasco talvez seja o clube que mais sofreu com isso do ano passado pra cá. E os jogadores parecem não ter aprendido, vide que boa parte do elenco é a mesma. Falta concentração, falta foco. Parecem se agarrar em algo que ainda não existe. Pois, como bem disse o outro, “o jogo só acaba, quando termina”. Portando, enquanto o árbitro não apita, a concentração deve ser redobrada.
Já perdemos títulos e pontos importantíssimos por conta dessa falta de atenção na hora mais crítica do jogo. Isso precisa mudar, e precisa mudar agora. Luxemburgo chegou a dizer que “falta malandragem”. Sendo falta de malandragem ou não, que não aconteça mais.
Que essa tenha sido a última vez que essa síndrome nos assola em 2019. Que tenham aprendido, e que esse aprendizado seja colocado em prática.
/+/Saudações Vascaínas/+/
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