Ontem foi um dia para ser lembrado pelo torcedor vascaíno. O que nem o mais inspirado roteirista de House of Cards podia prever aconteceu. O malcaratismo e a truculência venceram a esperança.

O grito dos sócios não fraudados nas urnas foi retumbante. Era necessária mudança urgente no comando de São Januário. Foram escolhidos para capitanear essa nau Julio Brant e Alexandre Campello. Mostrariam a todos as mudanças que jovens administradores poderiam operar num clube.

Dias se passaram, ambos de camisas do Vasco, frente aos seus eleitores em passeatas contra a situação, em discursos contra a família Miranda e seus desmandos e em entrevistas, reafirmando aos vascaínos que o futuro que os esperava seria brilhante.

No entanto, acometido por um complexo de Temer, Alexandre Campello decidiu por ir contra a vontade da torcida e se lançar como candidato no conselho. Em conluio com a atual gestão (lembro do referido senhor desqualificar Horta por ter feito parte da diretoria de Eurico) acabou se elegendo presidente do grande clube Vasco da Gama.

Ao final da eleição… Ou palhaçada, como preferir chamar… Os esperados gritos do nome do novo presidente não vieram. No lugar dele, um forte entoar do nome de Eurico… Aquele que Campello tantas vezes criticou e garantiu se afastar.

Hoje, o Vasco amanhece com a primeira decisão do conselho contra os sócios, a primeira vez em toda a vasta história do Vasco. Temos um presidente que carece da ousadia de Julio Brant e da coragem de Eurico (que no mínimo era autêntico), mas é cheio de características, que não fosse minha boa educação, listaria aqui.

A Lagoa sede tão bela do gigante, foi covil de ratos e a peste se estenderá à Colina Histórica. Parabéns vocês, mais uma vez, apequenaram o Vasco e o transformaram em motivo de chacota. Provaram que o maior interesse não é com a Cruz de malta mas com o dinheiro no bolso e o poder. Esse, sem dúvida, foi o momento mais vergonhoso de toda a vida vascaína.