A torcida vascaína estava muito apreensiva para o jogo de ontem. Muitos pessimistas, alguns otimistas e outros realistas. Existia o temor por uma derrota acachapante e otimismo por uma vitória heróica. Nenhum dos dois ocorreu, Vasco e Cruzeiro empataram sem gols e se complicaram no grupo 5 da Libertadores.

Foram longas horas até 21:45 hs. A expectativa era de suportar os primeiros 15 minutos de pressão quase foram por água abaixo logo aos 11 segundos, quando Arrascaeta finalizou pra fora, após erro na saída de bola vascaína.

O Cruzeiro ainda teve mais uma chance aos 3 minutos, Thiago Neves finalizou pra fora, dentro da área, após cruzamento de Arrascaeta. Depois desse lance, as coisas deram uma acalmada. O Vasco conseguiu ajeitar a marcação e neutralizar as investidas dos mineiros. Mas o time cruzmaltino demorou a acertar a parte ofensiva. Em um lance isolado, Paulão quase marcou aos 24, após cobrança de falta de Rafael Galhardo. A primeira boa investida do Vasco ocorreu aos 36, quando Paulinho puxou bom contra ataque e Wellington quase marcou após cruzamento de Wagner, interceptado por Egídio.

No segundo tempo o jogo ficou mais franco, as equipes se arriscando mais e criando mais chances. O Vasco esteve mais organizado no setor ofensivo, Paulinho chamou a responsabilidade e deu início a boas jogadas. Aos 25 Paulinho caiu sobre o braço esquerdo e sofreu uma pequena fratura, teve que ser substituído. Perdemos nosso melhor jogador, o time sentiu isso e o nível ofensivo caiu. O Cruzeiro teve mais volume, mas não conseguiu superar a marcação e Martin Silva.

O empate foi bom, enfrentamos uma equipe qualificada dentro de sua casa, suportamos a pressão e não levamos gol. O time teve uma atuação acima do que se esperava. Mas o resultado acabou não sendo o que precisávamos em termos de classificação. Por termos perdido para a La U em casa, precisávamos da vitória ontem. Hoje ocupamos a terceira posição do grupo, se quisermos pensar em classificação, teremos que vencer o Racing na Argentina no próximo jogo. Será uma tarefa muito complicada, mas Libertadores é isso aí.

Não fosse a derrota em casa na estréia, estaríamos comemorando o resultado de ontem. Mediante as circunstâncias, foi bom, mas ficou um gosto amargo. A situação está complicada, mas ainda é possível reverter. Só será mais complicado do que havíamos planejado.

Agora é hora de virar a chave novamente e voltar às atenções para a decisão do Estadual. Teremos uma grande baixa. Que Zé Ricardo encontre a melhor opção!

/+/ Saudações Vascaínas/+/

Atuações:

Martin Silva: Seguro. Fez pelo menos quatro boas defesas e boas saídas do gol em lances aéreos – Nota 7,5.

Rafael Galhardo – No início teve trabalho com Arrascaeta, depois melhorou – Nota 6.

Paulão – Deu um susto logo aos 3 minutos de jogo, depois se recuperou e foi soberano durante todo o jogo – Nota 7,5.

Erazo – Abaixo do companheiro, mas melhor que nas últimas partidas – Nota 6.

Fabrício – Não cedeu espaços e foi importante no jogo aéreo defensivo. Vem evoluindo – Nota 6,5.

Desábato – Muita dedicação na marcação e saída de bola rápida com qualidade – Nota 7.

Wellington – Não deu seqüência a muitas jogadas, lento toda vida. Vem muito mal – Nota 4,5.

Yago Pikachu – Não conseguiu ser o elemento surpresa dos outros jogos – Nota 5,5.

Wagner – Forçou bolas desnecessárias. Teve boa participação em contra ataque puxado por Paulinho – Nota 5,5.

Paulinho – Organizou o time e criou as melhores chances de gol. Muito maduro e talentoso pra sua idade. Quase marcou um gol. Saiu contundido e o time sentirá muito a sua falta – Nota 7,5.

Riascos – Tentou prender a bola no ataque e conseguiu isso em alguns momentos. Lutou como sempre – Nota 6.

Evander – Entrou no segundo tempo parecendo estar mais cansado do que os atletas que iniciaram a partida – Nota 4.

Rios – Só apareceu em um chute de fora da área no fim do jogo – Sem nota.

Caio Monteiro – Muita correria e pouca inteligência. Não acrescentou em nada – Sem nota.

Zé Ricardo – Ajustou a marcação e conseguiu neutralizar o Cruzeiro. Fez o que pôde com o material que tinha em mãos – Nota 7.