O Dicionário Michaelis define “advento” como significa “chegada”, “aparecimento”. Mas para o Cristianismo, “Advento” é o tempo correspondente às quatro semanas que antecedem o Natal e, portanto, tem também o sentido de “expectativa”, “espera” – no caso, pela vinda de Jesus Cristo. Nesse período, os cristãos devem se arrepender dos pecados, promover a fraternidade e a paz. Na Liturgia Católica, é simbolizado pela cor roxa, que remete à purificação da vida pela justiça e pela verdade.
Com todo o respeito e sem nenhuma pretensão de cometer sacrilégio, mas o Vasco vive, já há algum tempo, o seu “advento”. Após um longo período nas trevas, o clube olhava para 2020 com esperança por dias melhores, alimentada pela aprovação de uma inédita eleição direta para Presidente. Em campo, o Gigante da Colina chegou a liderar o Campeonato Brasileiro!
Mas eis que a expectativa logo se frustrou. O ramonismo mostrou-se inócuo e Sá Pinto ainda não inspirou fé na torcida. E o processo eleitoral, que tinha tudo pra ser o mais sereno da história do clube, tornou-se o mais confuso de todos os tempos, com 2 votações, uma terceira a caminho (talvez) e uma série de medidas e decisões judiciais que, paradoxalmente, tornam o futuro político do Vasco ainda mais indefinido.
Enquanto isso, os “fiéis” torcedores cruz-maltinos seguem seu martírio. O Vasco entra em campo amanhã, contra o Ceará, precisando da vitória pra deixar o Z4. Na Copa Sul-Americana (única chance de título na temporada), o empate no jogo de ida das oitavas de final até foi comemorado, dado mais um péssimo desempenho da equipe.
Ao que parece, enquanto os “ímpios” não se arrependerem de seus pecados e não promoverem a fraternidade fora das quatro linhas, o Vasco não terá paz em campo e ainda padeceremos todos um longo jejum até o seu reencontro com as alegrias de outrora.
/+/ Saudações Vascaínas /+/
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