Os seis dias que precederam o jogo entre Ceará x Vasco foram longos e angustiantes. Medo, receio, frustração… Foram alguns dos sentimentos que nortearam a cabeça do torcedor vascaíno na semana passada.

Chegado o domingo, as horas eram tensas e demoradas. Iniciado o jogo, nervos a flor da pele e pulsação acelerada. Na primeira etapa, vimos um Ceará não muito “afim” de vencer. O Vasco tão pouco. Não parecia que o time precisava de um bom resultado para permanecer na Série A.

Na segunda etapa os cearenses apertaram um pouco mais. Tivemos uma chance valiosa de abrir o placar e tranqüilizar os ânimos, mas Marrony parou na boa defesa de Éverson.

O tempo passava, o nosso placar não se movimentava, mas a cada bolinha aparecendo na tela, nossos corações quase saltavam pela boca. O esperado acabou acontecendo, Sport e Chapecoense venciam seus jogos, o empate nos salvava, mas uma bola que balançasse as nossas redes colocaria tudo a perder.

Faltando pouco mais de dez minutos para o fim do jogo, o Vasco abdicou do ataque, quis valorizar a posse da bola. Todo o sofrimento imposto ao torcedor durante o ano parecia não ser o suficiente.

A beira do gramado, os reservas desesperados pediam o fim do jogo. Quando enfim Rafael Klaus apitou o encerramento do jogo, foi como expurgar algo ruim de dentro do corpo, uma sensação de libertação. O Vasco estava livre da queda, confirmado na Série A. Pela primeira vez o clube conseguiu se livrar de um rebaixamento na última rodada, nas outras três ocasiões, foi castigado. Dessa vez não.

Embora muitos vascaínos tenham feito isso, não acredito que seja algo para ser comemorado. Permanecer na Série A nem deveria ser algo na pauta cruz-maltina. Hoje nem chegamos a ser sombra do que fomos ao longo de nossa história gloriosa, mas comemorar 16° colocação não é digno nem para clubes pequenos, quem dirá para o Vasco.

Vivemos tempos sombrios, não podemos almejar coisas grandes como antes, mas tudo tem limite. Como o Garone postou ontem: “Quem comemora permanência na Série A, não faz idéia do que é o Vasco.”. Sigo o relator!

Agora é hora de começar o planejamento para 2019. Primeira medida a ser tomada pela diretoria seria a demissão de Alberto Valentim. O aproveitamento deste treinador é risível. Mas, como a maioria dos vascaínos, não creio que isso irá acontecer. A diretoria segue mais perdida do que nunca e manter este treinador é o retrato da desorganização e amadorismo da mesma. Provavelmente perderemos alguns meses de preparação com a manutenção deste treinador.

Alberto Valentim não salvou o Vasco. O Vasco foi salvo muito pela incompetência dos demais concorrentes diretos. Em 38 rodadas, não conseguimos uma vitória fora de casa, nem mesmo conseguimos emplacar duas vitórias seguidas. Isso é uma vergonha para a instituição.

O Vasco respirou, mas segue com a saúde extremamente debilitada. Se as coisas não começarem a mudar, 2019 será tão ou mais tenebroso que 2018. Precisamos reagir urgentemente!

Que 2019 seja o início de uma nova era para o Gigante da Colina. Não se paga nada para ter esperança!

/+/Saudações Vascaínas/+/