Se no ano de 2019 o Vasco não conquistou títulos (exceto pela Taça Guanabara, turno do Estadual), o torcedor cruz-maltino teve alguns motivos para sorrir. Desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo a São Januário, foi nítida a evolução técnica do time, que deixou a lanterna do Brasileirão para conquistar uma improvável vaga na Copa Sul-Americana deste ano. Nesse lastro e motivada pela temporada de sucesso do maior rival, os vascaínos aderiram ao movimento #AssociaVasco de forma avassaladora, alçando o clube ao primeiro posto no número de sócios-torcedores no País.
Todavia, a Colina de areia começou a ruir antes mesmo de 2020 chegar: o “pofexô” deixou o clube, sendo substituído pelo também ex-medalhão Abel Braga; contratações esperadas, como a do zagueiro Dedé, (ainda) não aconteceram; Germán Cano foi o único reforço; e Guarín segue sem renovar o contrato.
Nesse cenário, a temporada mal iniciou, mas a impressão já é de que, ao invés de evoluir, o Vasco está andando pra trás. Após 3 partidas pela Taça Guanabara, não é possível identificar um padrão de jogo: o time joga sem velocidade, de forma previsível e centralizando as jogadas nos pés de Talles Magno. O garoto realmente tem talento, mas não pode ser a única verve de um clube com a grandiosidade da história e da torcida que tem o Vasco.
“Ah, mas o Vasco ganhou ontem. Com gol do Cano que, mesmo sem jogar bem, foi mantido em campo até o fim por Abel, que ainda substituiu Talles.”
E DAÍ???
É isso o que nós, 182 mil sócios, além dos milhões de torcedores espalhados pelo Brasil, podemos esperar do Vasco para este ano? Comemorar vitória sofrida sobre o Boavista (com todo o respeito ao clube de Saquarema)? Achar “lindo” desempenho medíocre contra jovens rubro-negros? Até quando a torcida vai lotar São Januário pra assistir a atuações incipientes, como a do jogo contra o Bangu?
Acho que não cabe dar notas aos jogadores pelo desempenho na partida de ontem. E nem pretendo depositar todas as críticas sobre Abel. Não é ele o principal culpado. Sabemos quem é.
É preciso parar. Parar, enquanto a jornada ainda está no início. Parar, para não andar pra trás.
/+/ Saudações Vascaínas /+/
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