A frente do comando técnico da equipe cruzmaltina desde Agosto de 2017, Zé Ricardo parece estar vivendo o momento de maior pressão no Gigante da Colina. A perda do título Carioca no minuto final e a última colocação no grupo 5 da Libertadores da América são fatores que contribuem para isso.

Os últimos meses de 2017 foram bons, de ameaçado a rebaixamento o time se classificou a pré-libertadores. Muito disso por conta do trabalho dele. Os primeiros dois meses de 2018 também foram bons, mesmo com toda a crise política que havia acabado de acontecer. O clube mudou a presidência de forma polêmica e conturbada, um patrocínio máster que não cumpriu o combinado e a perda de jogadores importantes do elenco foram acontecimentos que prejudicaram bastante o trabalho da equipe técnica. Ainda assim, o Vasco se classificou a fase de grupos da Libertadores.

Zé chegou a receber uma proposta do mundo árabe, fato que fez com que a grande maioria da torcida se mobilizasse em favor da permanência do técnico. Mas, além da falta de material, algumas opções de Zé Ricardo têm complicado um pouco seu trabalho. O fantasma que assombrou Zé Ricardo no Flamengo parece estar o atormentando no Vasco.

A insistência com alguns jogadores é um tanto inexplicável. Erazo e Evander foram barrados após atuações pífias contra o Racing, vinham mal desde o início do ano, mas seguiram sendo titulares até quinta passada. O mesmo não aconteceu com outros jogadores, como o zagueiro Ricardo. O jovem zagueiro começou o ano sendo titular ao lado de Erazo e tendo boas atuações, mas após falhar em dois gols contra o Jorge Wilstermann, foi preterido de forma imediata. De lá para cá, o jogador foi escalado como titular apenas em um jogo, contra o Madureira e entrou nos minutos finais da decisão do Estadual.

Outro jogador que conta com imensa paciência do treinador é o zagueiro Paulão. O zagueiro é, sem dúvida, o jogador do elenco que mais cometeu falhas individuais em 2018. Foi ele quem falhou no gol da Chapecoense, no último domingo. É bem mais fácil destacarmos os jogos em que Paulão não comprometeu do que os jogos em que ele falhou. O número de erros individuais do zagueiro é absurdo!

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Wellington é o terceiro titular da lista. Comparado o jogador de 2018 ao dos últimos três meses de 2017, parece que estamos falando de jogadores diferentes. Wellington teve um desempenho muito bom na reta final de 2017, mas parece que as boas atuações ficaram na tinta da caneta que assinou sua renovação de contrato. É outro jogador que vem tirando o torcedor do sério com erros grotescos, que não criam nada produtivo no ataque e ainda resultam em gols do adversário, como foi contra o Racing e quase contra a Chapecoense.

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Conforme já mencionado no início do texto, a torcida tem consciência de que o elenco é bastante limitado. Mas, também sabemos que é possível arrumar alternativas para os lugares de Paulão e Wellington.

Vale ressaltar que as entrada de Rios na vaga de Riascos, Werley na vaga de Erazo e de Yago Pikachu mais a frente deram ao time um desempenho melhor, e é claro que isso é mérito do treinador. Mas as constantes falhas de jogadores escalados por ele, de forma insistente, também acabam se tornando responsabilidades dele.

É preciso ter um equilíbrio. Gostaria de entender porque ser tão benevolente com alguns e tão injusto com outros. Já passou da hora de Paulão e Wellington saírem do time titular. É preciso fazer alguma coisa além de ficar torcendo para que ambos não cometam erros absurdos. Se o argumento para escalar é por serem jogadores de confiança do técnico, já podem ser barrados, pois ambos já vêm traindo essa confiança faz tempo.

/+/Saudações Vascaínas/+/