Nosso colega Rodrigo Machado, um dos nossos ilustres contribuintes aqui do Saudações Vascaínas, foi perspicaz em sua última coluna, denominada “Muita calma nessa hora“. No texto, Rodrigo destacou que, embora a evolução do time do Vasco desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo ao comando do time, em maio deste ano, fosse notória, era necessário conter uma certa “euforia” que naturalmente envolve alguns torcedores – quiçá membros do elenco! – em momentos de ligeira ascensão na tabela de classificação, principalmente após o marcante triunfo obtido diante do São Paulo, no domingo retrasado.

No último jogo, contra o Cruzeiro, no Mineirão, vimos novamente uma equipe que desde o início buscava o resultado, com marcação alta e bons troques de passe. Se o adversário não vivia o melhor momento na temporada, então, a ordem era atacar, ainda que com as cautelas de praxe para um visitante. O primeiro tempo até não teve muitas oportunidades, é verdade, mas o Vasco foi um pouco superior.

No segundo tempo, entretanto, um lance mudou a história do jogo: Pikachu, até então discreto, avançou com liberdade pela direita e foi derrubado dentro da área: pênalti! O problema é que o lateral/meia/pokémon cobrou a penalidade com todos os requisitos necessários para um fracasso: meia altura, fraco e sinalizando a direção para um dos melhores goleiros do País.

O erro de Pikachu não abateu imediatamente o Vasco, que ainda buscou jogadas com Talles e Marrony, mas os garotos não estavam nos seus melhores dias. Naturalmente precisando até mais que o Gigante do resultado, o Cruzeiro cresceu em volume de jogo e o gol acabou premiando muito mais uma jogada individual do que o domínio do anfitrião.

Mas a que conclusões podemos chegar? Pensei em algumas:

  1. A defesa sentiu muito a falta de Castán, suspenso. Não que seu substituto Ricardo tenha falhado de forma decisiva, mas a presença do nosso capitão em campo confere ao restante do grupo uma segurança que é inquestionável;
  2. Barcelos, que havia saído merecidamente do time titular ao final do Estadual, parece estar recuperando a velha forma – tem força física, apoia o ataque e tem um chute poderoso. Parece ter tomado a posição;
  3. Muita, mas muita calma com Talles Magno: o menino de 17 anos de idade é promessa de ótimo jogador, mas precisa de rodagem, não vai decidir todos os jogos. A torcida cruz-maltina tem que ter paciência com ele;
  4. Precisamos de um finalizador! Com urgência! Tramamos jogadas (coisa que quase não acontecia antes de Luxa), mas falta um cara com tranquilidade pra concluí-las com precisão – e não sei se o recém-chegado Clayton tem esse perfil;
  5. Pikachu não pode mais bater pênaltis!

De resto, apesar dos pesares, o Vasco parece estar no caminho certo, dentro do que se esperava (ou até acima disso!) para um time que vinha colecionando decepções e vexames. Para o próximo jogo, contra o perigoso Bahia, não teremos, por suspensão, Richard e Talles (este último já não atuaria para servir a Seleção Brasileira Sub-17); em compensação, teremos dois reforços de peso: Leandro Castán e São Januário, nosso maior aliado na temporada.

Que as notícias sejam mais alvissareiras ao longo da semana e nossa torcida volte a lotar as dependências da Colina Histórica rumo a mais uma vitória!

 

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