O clima de apreensão era tenso, o último reencontro com o Cruzeiro havia sido uma tragédia completa. Os acontecimentos que antecederam a partida também não foram nada favoráveis. Confirmaram a contratação de Jorginho enquanto Valdir acenava esperançoso por uma chance, dirigentes foram demitidos e uma dúvida sobre demissão ou permanência de determinados profissionais pairava no ar. A missão de Valdir, que já era bastante complicada, ficava ainda pior.
Em campo, a estratégia de Valdir estava bem definida: postado na defesa, meio campo povoado e busca pelo contra-ataque. Vimos Dedé e Thiago Neves perderem duas boas chances de abrir o placar nos primeiros dez minutos, mas a pressão inicial foi suportada. A partir dos quinze minutos conseguimos equilibrar as ações e sair um pouco mais. Pikachu sofreu falta na entrada da área, na cobrança, Fábio deu um leve toque, o suficiente para salvar o Cruzeiro. A bola ainda bateu no travessão. Seis minutos depois, Andrey acertou belo chute e abriu o placar.
Na segunda etapa o poder de marcação do Vasco sofreu uma queda e a pressão do Cruzeiro foi mais forte. Os mineiros passaram praticamente todo o segundo tempo no campo de ataque, o Vasco não tinha mais saída. A pressão surtiu efeito aos 15, Sóbis deixou Raniel na cara do gol, após bobeada de Paulão.
O Cruzeiro pressionou o restante do segundo tempo, mas não teve sucesso. No final das contas, mediante a todos os acontecimentos, foi um bom resultado pro Vasco. A maioria estava sem esperanças para esse jogo, uma derrota era o resultado mais provável, mas conseguimos arrancar um ponto de um adversário forte, fora de casa.
Valdir segue pé quente e invicto, para a nossa sorte.
/+/Saudações Vascaínas/+/
Fernando Miguel: Tem passado mais segurança que Martin Silva. Sem culpa no gol. Nota 6.
Luiz Gustavo: Bem na marcação. Saiu contundido. Nota 6.
Paulão: Como sempre sofrendo para marcar centroavantes. Falhou no gol, pra variar. Nota 4,5.
Ricardo: Joga sério, mas peca muito pela imaturidade. Nota 5,5.
Henrique: Não deu tanto espaço como de costume. Nota 5.
Desábato: Quase deixou um atacante do Cruzeiro sozinho após erro bobo. Foi melhor que em jogos anteriores. Nota 5,5.
Consendey: Tem qualidade, mas apareceu pouco. Precisa continuar tendo oportunidades. Nota 5.
Andrey: Muita dedicação na marcação e boa qualidade nos passes. Acertou mais um belo chute. O monstro parece estar saindo da caixa. Nota 7,5.
Wagner: Tentou cadenciar o jogo, mas errou muitos passes. Saiu contundido. Nota 4,5.
Yago Pikachu: Uma boa cobrança de falta e só. Nota 5.
Ríos: Isolado, foi facilmente anulado por Dedé. Nota 4.
Giovanni Augusto: Não ajudou na marcação e não conseguiu dar continuidade as jogadas. Nota 3.
Evander: Nos primeiros minutos parecia estar mais disposto, mas não demorou a voltar à boa e velha morosidade. Desperdiçou um bom ataque chutando de muito longe. Nota 3,5.
Wellington: Esteve pouco tempo em campo, mas não errou passes. Milagre. Nota 4,5.
Valdir: Definiu uma estratégia e o time a seguiu. Pegou uma situação in grata e trouxe um retorno positivo, mesmo com tantos desfalques. Nota 6,5.
Deixe uma resposta