Na coluna de ontem do Saudações Vascaínas, Zero Três – Pede para sair, Orlando Donin tratou com propriedade do equívoco praticado pela Diretoria do Vasco na escolha de Alberto Valentim para ser o treinador do Gigante da Colina até o fim desta temporada.

A se considerar que, independentemente da continuidade ou não do treinador em São Januário, mesmo após uma série de 4 derrotas em 4 jogos, o fato é que Valentim, Valdir (se voltar a assumir o comando do time) ou qualquer outro “professor” terá pela frente uma árdua missão até dezembro: evitar o quarto rebaixamento do Vasco no Brasileirão! Para tanto, não tem jeito: será preciso fazer um omelete minimamente satisfatório com os poucos “ovos” (leia-se, jogadores) de qualidade que o “granjeiro” Campello disponibilizou para representar o Vasco nesta empreitada – aqui, a menção aos ovos não é alusiva aos objetos atirados na entrada de São Januário na manhã de ontem.

Assim, proponho uma análise em grupo, ora denominada “caixinha de sugestões”, a qual entendo ser útil para a montagem de um time suficientemente competitivo:

    1. Esquema tático: o Vasco é um Gigante, por sua História e por sua torcida. Mas não adianta tapar o sol com a “peneira”, como bem comparada a zaga vascaína por Roberto Guimarães na crônica ZAGA OU PENEIRA?. Ou seja, na situação desesperadora em que nosso time está, o mais importante é “fechar a casinha”, com um esquema que proteja nossa defesa, seja ele com 3 zagueiros ou com 2 zagueiros e 2 volantes “cães de guarda” – particularmente, prefiro essa opção;
    2. Goleiro: Martín Silva tem lá seus momentos de insegurança, mas é o melhor arqueiro que temos no elenco. Fernando Miguel é alternativa arriscada num momento em que não se deve correr ainda mais riscos;
    3. Nas laterais, acho que não há dúvidas: Lenon assumiu definitivamente a ala direita e Ramon, mesmo entre altos e baixos, é tecnicamente superior a Henrique e Fabrício;
    4. Zaga: nosso “calcanhar de aquiles”, porque além de ser a mais vazada dentre os clubes da Série A em 2018, ainda não pode contar com seus dois titulares, em tese (parece que Castán pode voltar no sábado, ao contrário de Breno, que segue numa infindável recuperação de lesão). Luiz Gustavo e Ricardo Graça são o que temos de melhor no momento, mas o jovem zagueiro é inexplicavelmente preterido;
    5. Como mencionado, acho que é necessário montar um esquema que proteja a defesa. Aí, embora não veja nenhum jogador no elenco vascaíno que seja incontestável, é fato que o momento não pede “invenções”. A presença de dois volantes de contenção é fundamental;
    6. Meio-campo: ruim com Pikachu, pior sem ele. Apesar de ter sido expulso – injustamente, ao meu ver – o lateral/meia/pokemon vascaíno não pode ser excluído de um time tão carente de criatividade. Prefiro ele em má fase do que Wagner (que teve raros lampejos na sua passagem por São Januário), Giovanni Augusto (sempre às voltas com lesões) ou um garoto inexperiente. E, claro, não há como se privar da qualidade de um Thiago Galhardo! Ele pode ser meio afoito em alguns momentos, mas é de algo diferente que o meio-campo vascaíno precisa;
    7. Ataque: Maxi López é nossa maior esperança. Além de fazer muito bem o pivô, finaliza como poucos e tem experiência. Ao seu lado, estando em boas condições físicas, Vinicius Araújo é a melhor escolha, sem dúvida;
    8. Treinamento: o Vasco só tem o Brasileirão pela frente e, salvo a última semana de setembro (jogo atrasado), não terá mais partidas no meio de semana até meados de novembro. É hora de treinar “bola parada”, amigo! Times limitados tecnicamente, como infelizmente é o caso do Vasco de 2018, ganham pontos preciosos em cobranças ensaiadas de falta e escanteio, principalmente. Além, repito, de consolidar um esquema defensivo mais sólido. Vide o rubro-negro baiano, que já possuía defesa pior do que a nossa no campeonato, mas que não sofre gols há quatro jogos desde que Carpegiani entendeu a importância de se fortalecer o sistema defensivo num time ameaçado de rebaixamento.
    9. Psicológico: o Vasco precisa de alguém que mexa com os brios dos jogadores! Não dá pra se acostumar com a derrota, nem entrar em desespero. E não falo só do técnico. Cadê o capitão desse time?
    10. São Januário é nosso Caldeirão! É estatístico: dos 24 pontos conquistados no Brasileirão, VINTE deles (mais de 80% do total) foram obtidos dentro da Colina Histórica, que só viu tropeços em quatro ocasiões (dois empates e duas derrotas). E quando “mandamos” jogos em outros estádios (como infelizmente vai se repetir no próximo sábado), sofremos duas impiedosas goleadas de rivais paulistas.

Bom, essas são as minhas sugestões, por ora. Quem quiser se manifestar, favor comentar aqui no site (logo abaixo do “post“) ou em nossas redes sociais (Twitter: @saudacoesv; Facebook: @saudacoesvascainasoficial).

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