Como se diz no jargão popular, “o caldo entornou de vez” na Colina Histórica! Em meio a uma aparentemente infindável crise técnica, político-administrativa e financeira, o Vasco se vê agora pressionado por aquele que era seu último alicerce: a torcida.

Ontem à tarde, nos arredores de São Januário, um grupo de aproximadamente 100 manifestantes, munidos de faixas com inscrições de teor irascível – ainda que de forma pacífica e ordeira, diga-se de passagem -, protestou com veemência contra a Diretoria, a comissão técnica e alguns jogadores do Vasco.

Os alvos mais objetivos foram o Presidente do clube, Alexandre Campello, o Presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, o coordenador-técnico Paulo César Gusmão e o jogador Yago Pikachu.

Não vou entrar no mérito da questão, insistentemente debatida aqui no Saudações Vascaínas. Mas não é surpreendente ver reações como a de ontem. O torcedor vascaíno está cansado de sofrer, de ser humilhado, menos até por seus adversários do que por suas próprias quimeras: rebaixamentos, perdas e eliminações precoces de campeonatos, desperdício de bons valores e gastos inúteis com contratações ridículas.

Como exigir mais do torcedor? Não se trata de voltar as costas para o clube. Nosso crédito é enorme: construímos um estádio pra chamar de nosso, incentivamos viradas inesquecíveis e lotamos o Maracanã até na Série B! Portanto, não dá pra acusar nossa torcida de omissão.

Mas tudo tem limite!

Precisamos de um clube que honre nossa tradição democrática, com um novo estatuto que permita eleições diretas pra Presidente. Precisamos de um clube que honre nossa tradição vanguardista, permitindo a aplicação de ideias novas na gestão política e desportiva. Precisamos de um clube que honre nossa tradição vencedora, com jogadores com DNA vencedor.

O Caldeirão está em ebulição. E o tempero é pra lá de indigesto.

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