Começa o mais difícil campeonato nacional do mundo. Não existe campeonato nacional com, ao menos, 12 Gigantes postulantes ao protagonismo. Não existe campeonato em que o clima seja tão diferente de cidade a cidade (imaginem a diferença climática entre Chapecó e Salvador?). Não existe campeonato em que o fator campo seja preponderante, com Arenas “Padrão FIFA” misturadas com alçapões antigos mas extremamente emblemáticos como São Januário e Vila Belmiro.
Começa o campeonato nacional em que, inicialmente, há 4 (Grêmio, Palmeiras, Flamengo e Corinthians) times favoritos ao título, em razão de orçamento e elenco, e mais 4 (São Paulo, Cruzeiro, Atlético-MG e Vasco) equipes que disputam as vagas logo abaixo e que, com um pouco de sorte e uma grande sequência positiva podem subir de patamar (vide o Corinthians de 2017).
Sim, incluí o Vasco nesse seleto grupo de cima! Sim, penso que o Vasco pode chegar mais longe do que muitos imaginam (assim como em 2017). Sim, eu penso que, com alguns resultados importantes o time pode mudar de patamar.
O resultado do fim de semana passado na decisão foi ruim? Foi! O time vem apresentando muita instabilidade e oscilações? Claramente! O time nos desaponta quando mais esperamos dele? Sim! Mas esta é a graça do futebol e, possuindo um estádio que pode ser transformado em caldeirão e, com resultados pontuais importantes, o time pode ganhar uma força ainda maior. O Vasco, no esquema do Zé Ricardo, costuma surpreender nos jogos grandes fora de casa (ano passado o Vasco decepcionou mais dentro de casa do que fora), em que seríamos alvo fácil de chacota e goleadas.
Confio na Mística da Cruz de Malta (assim como na semana passada), confio na força da torcida e confio que não há no Brasil, fora o Grêmio extremamente regular do Renato Gaúcho, algum outro time que seja realmente uma grande força “imbatível” no Brasileirão 2018. Todos oscilarão, a grande maioria também terá outros compromissos com Libertadores, Sulamericana e Copa do Brasil que vão dividir atenção e, com isso, times medianos como o nosso poderão surpreender.
Nos falta um elenco ainda um pouco mais encorpado. Começaremos o Brasileiro assim como terminamos o Estadual, aos frangalhos, com muitos jogadores fora de condições de jogo e que, ao retornarem, podem dar outro padrão e experiência ao time da Colina.
Chegou a hora do Zé Ricardo demonstrar o seu real valor e dar grandes alegrias a essa torcida, deixando um pouco de lado a sua conhecida teimosia em recuar o time quando obtém uma vantagem e fazer o Vasco voltar às áureas épocas de time da virada e time que empolgava por sua raça e disposição (se bem que não podemos negar essas virtudes do atual elenco).
Chegou a hora das promessas assumirem que podem brilhar (casos de Evander, PV, Paulinho – assim que voltar – e Henrique), dos “medalhões puxarem a fila” e mostrarem ao mundo que a Cruz de Malta ainda há de brilhar demais.
E a onça? Ela virá beber água na nossa mão!
/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/
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