Por Guto Correia
Desde o meio do ano passado, nossa principal peça do meio campo não apresenta o mesmo futebol. Em 2016, os torcedores levantavam teorias para justificar a queda de rendimento do craque Nenê: “O time é velho e o campeonato é longo, natural a diminuição de ritmo no segundo semestre” ou “Ele joga sozinho, uma hora iria cansar”. No início do ano, as notícias eram outras. Nenê queria estar mais próximo dos filhos, fruto de outro casamento, que vivem com a mãe, em São Paulo. Notícia essa prontamente desmentida pelo meia. Mas quem o conhece sabe que a saudade dos filhos ronda a área do jogador.
Com a grande queda de rendimento, o time, que dependia tanto do meia, passou a apresentar futebol muito abaixo do esperado. A Nenedependência foi tratada com novo remédio: Douglas, que vem ganhando cada vez mais espaço e começa a chamar a atenção de grandes times europeus. Além do jovem notável, Milton Mendes passa a montar um time mais leve, com mais talentos da base e lançando cada vez menos os jogadores mais experientes.
Dessa forma, Nenê começou o campeonato como titular. A morosidade do meio campo foi evidente e, devido a erros individuais da zaga, fomos novamente goleados pelo último campeão brasileiro. No segundo jogo, MM queria um time leve e rápido. Optou por Luis Fabiano no ataque e sacou Nenê. O time ficou bem mais leve e chegou fácil ao ataque, ganhando do time misto do Bahia.
Agora, pagamos o preço de mantermos um medalhão no banco. A imprensa volta a especular a saída do meia. Times como Botafogo e Vitória ventilam notícias sobre possíveis contratações e até eventuais trocas. Segundo fontes internas, o banco descontenta Nenê e a possibilidade do meia sair é grande. Principalmente se um time da capital paulista aparecer. A vinda de 2 jogadores do São Paulo (Breno e o recém contratado Wellington) podem indicar que o jogador está de malas prontas para a terra da garoa.
Além disso, a fala de Rodrigo fez com que o clima já ruim ficasse pior. “Não tenho dúvidas que encaminha para acontecer o que aconteceu comigo, com o Nenê. Isso até antes… Quando muda um pouco o ambiente, quando as pessoas mudam um pouco com você, você sabe que está acontecendo alguma coisa diferente. E antes da minha saída, eu tinha conversado com o Nenê: ‘Nenê, vai acontecer alguma coisa comigo ou com você, meu amigo’, e aconteceu comigo primeiro. Agora está acontecendo com o Nenê. Eu não estou surpreso. Ele (Milton Mendes) está começando a tirar ele um pouco, ainda mais uma figura importante. É aquele negócio, né? Ninguém olha mais o que nós passamos, simplesmente chega uma pessoa e quer mudar”.
O certo é que, no esquema de Milton Mendes, Luis Fabiano e Nenê não podem ser titulares juntos. Isso custaria a velocidade do time. Dessa forma, encaro que LF seria uma boa arma para jogos em casa enquanto o meia seria muito interessante nos jogos fora. No jogo contra o Fluminense, continuaremos seguindo a mesma lógica.
A manutenção de Nenê passa, portanto, pela alegria do meia, para reencontrar o bom futebol e, também, pela falta de investidas de times paulistas. Tudo indica que teremos novidades antes da sétima rodada.
Obs. 1: Douglas chama a atenção de times europeus. Notícias falam de 10 milhões de euros e um clube alemão de segunda linha. Basta a abertura da janela internacional.
Obs. 2: Acredito que, se montado corretamente, o Vasco pode enfrentar o Fluminense de igual para igual, ainda mais com mais de 15 mil torcedores incentivando. É nosso papel transformar São Januário num caldeirão. Se a diretoria não faz o papel dela corretamente, nós faremos o nosso. Que torcida linda, meus amigos! Que torcida!
Obs. 3: O volante Wellington já está no Rio para fazer exames e será apresentado em breve como reforço (vindo por empréstimo). Pode até estrear já contra o Fluminense, devido à falta de volantes de marcação.
Saudações Vascaínas.
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