Por Guto Correia
No último domingo Vasco e Botafogo se enfrentaram em um clássico marcado pela saída do técnico cruzmaltino. O jogo, morno, com apenas lampejos de criatividade de ambos os lado, teve como grandes momentos uma defesa incrível de Gatito Fernandez, em chute de Nenê, e a defesa, quase embaixo da baliza, de Jean, em chute de Rodrigo Pimpão.
A partida começou lenta, com os dois times se estudando e muitas faltas para ambos os lados. O primeiro lance perigoso foi um chute do zagueiro Rafael Marques parado pelo excelente goleiro paraguaio, Gatito Fernandez. O Vasco, que apresentou nova escalação, com Evander e Andrezinho abertos e Nenê centralizado, logo passou a ter maior posse de bola que o adversário.
Apesar disso, o Botafogo ainda teve algumas chances de gol no primeiro tempo, como no cruzamento de Marcinho, falha no corte de Jomar e sobra para Roger, que foi impedido por Rafael Marques, chegando à bola antes do atacante. Depois, ainda tivemos o principal lance do Vasco no jogo: em cruzamento, Evander acerta boa cabeçada rebatida pelo goleiro botafoguense para o meio da área, Nenê, na sobra, finalizou em gol mas foi novamente impedido pelo goleiro alvinegro, que justificou o apelido de Gatito (diminutivo por ser filho de Gato Fernandez, também grande arqueiro paraguaio).
No segundo tempo, o Botafogo voltou mais perigoso. Em confusão na área após lançamento de Victor Luiz, Roger caiu e pediu pênalti, não atendido pelo árbitro. Ainda houve tempo, antes da parada técnica, para uma bomba de Montillo, que fez uma excelente partida pelo time adversário, defendida por Martín Silva. Além desse lance, houve uma bola que bateu no braço de Gilberto, dentro da área. Como o lance foi involuntário, o juiz acertadamente não marcou a penalidade máxima.
Após a parada técnica, o Vasco teve chance em cabeçada de Luis Fabiano para o gol. No entanto, o goleador estava em posição de impedimento e o tento foi invalidado. Já no fim da partida, a oportunidade do conhecido da torcida vascaína: Rodrigo Pimpão. Sassá fez excelente lançamento que culminou no arremate do centroavante, tirando a bola de Martín. Jean, que acompanhava a jogada, veio de trás e chutou para escanteio.
O jogo foi páreo. O time vascaíno mostrou mais empenho do que nas contumazes apresentações do bando de Cristóvão. Houve chances claras de gol para o Gigante da Colina. No entanto, fomos parados pelo desentrosamento do plantel e pelas defesas impossíveis do arqueiro paraguaio.
As notas vascaínas:
Martín Silva: Salvou o Vasco no lance da bomba de Montillo. Impressionante a seriedade do goleiro. Não é a toa que tinha, no Uruguai, o apelido de homem de gelo. Nada o abala. Sempre constante. Nota 8.
Gilberto: Muito bom ofensivamente. Fraco na defesa. É preciso fazer treinos defensivos. No entanto, é um daqueles jogadores promissores do elenco. Veio para ser titular absoluto. Não se entende a insistente tentativa de lançar Pikachu em seu lugar. Nota 7.
Rafael Marques: Não é brilhante. Faz o feijão com arroz. Às vezes, isso é o necessário para ser um bom zagueiro. Nota 6.
Jomar: Não sei se os recentes elogios lhe subiram à cabeça e acabaram atrapalhando. Gostaria que jogasse mais como “zagueiro-zagueiro“, nas palavras do pofexô. Pode ser o próximo Odvan, mas, para isso, deve se admitir limitado. Nota 5.
Jean: Melhorou um pouco em relação aos últimos jogos. Menos chutes e carrinhos sem sentido. Salvou-nos no lance de Pimpão. Nota 6.
Douglas: Vem apresentando menor rendimento do excelente futebol apresentado no final de 2016. Talvez por estar jogando do “lado errado”. Ainda é o melhor da posição, mas tem que ser acompanhado de perto, dado a aposta que é. Nota 6.
Andrezinho: Jogou bem. Passes precisos e boa visão de jogo. Vem numa crescente, apesar da pouca velocidade. Nota 7.
Nenê: Finalmente, um jogo bom em 2017. Esperamos muito mais dele. Espero que Milton Mendes ache o problema e faça com que o craque volte a apresentar o ritmo do início do ano passado. Nota 7.
Evander: Ainda não é realidade. Boa cadência e bom toque, mas sem objetividade. Merece nota pouco acima da média pela cabeçada em gol e posicionamento no cruzamento de Henrique. Nota 6.
Luis Fabiano: O gol está maturando. Dessa vez, parecia mais o Luis Fabiano que conhecemos, brigando, raçudo e reclamador. Do jeito que a torcida gosta. Faltou o gol. Nota 6.
Valdir: Mostrou personalidade ao não seguir a formação do técnico anterior. Tirou uma atuação razoável do time, em contraste com o que Cristóvão apresentava (que era bem abaixo de medíocre). Nota 6.
No Botafogo, destaques para Gatito Fernandez, Montillo e Sassá, que entrou bem no time.
Saudações Vascaínas.
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