Por Guto Correia
Falamos sempre em planejamento. Mas o que o termo quer dizer? Quais são as ações necessárias para fazer um campeonato confortável e pleitear um lugar no topo? E por que o Vasco parece nunca conseguir isso?
Planejamento, segundo o dicionário, “é a palavra que significa o ato ou efeito de planejar, criar um plano para otimizar o alcance de um determinado objetivo e impedir percalços“. Dessa forma, ao início de cada temporada, técnico (caso tenha permanecido) e diretoria devem levantar os resultados obtidos no ano anterior e entender, caso não haja qualquer mudança, qual resultado podemos esperar do plantel. Levando em consideração nuances que possam influenciar no resultado final, devem ser criados 3 (ao menos) cenários. O cenário perfeito (Shangri-Lá), o esperado e o pior (inferno). Dessa forma, a diretoria tem em mãos o que pode ser cobrado do time. Nem mais, nem menos.
Além dos cenários, há de se levantar os scouts da equipe e compará-los com as que, no ano anterior, alcançaram a meta desejada. Dessa forma, podemos entender o gap de rendimento entre o plantel e os times que alcançaram posição igual ou similar à desejada. Depois dos gaps traçados, é necessário levantar as estatísticas dos jogadores do mercado e como eles podem ajudar o time a atingir os scouts que precisa. Dessa forma, torna-se possível entender quais as áreas carentes do time, que tipo de jogadores e comissão técnica precisamos para suprir esses problemas e quais jogadores do mercado podem fazê-lo.
Cenário traçado, é hora de vermos as finanças. O clube conta com dinheiro para trazer esses jogadores? Sim? Maravilha. Podemos manter a meta e tentar trazê-los o quanto antes para o início da temporada? Não? Então é necessário readequar essas metas e traçar cenários com os reforços que conseguimos. Caso os cenários sejam compatíveis a um time que caiu no ano anterior, é necessário maior investimento e assim a vida segue.
Jogadores contratados, é necessário que todos se encontrem no mesmo patamar físico, técnico (com as devidas limitações) e táticos. Portanto, se faz necessário uma pré-temporada. Nessa oportunidade, o time deve ser treinado levando-se em conta os primeiros embates do ano e delimitando o dever de cada jogador em campo.
Vamos perder um jogador importante? O que devemos fazer? Primeiro, olhar para o elenco. Existe algum reserva capaz de suprir, mesmo que um pouco abaixo do antigo titular, a demanda da posição? Sim? Perfeito, segue o jogo. Não? Deveríamos contratar, né? No entanto, ainda podemos olhar para a base. Há algum menino promissor que pode ser lançado, mesmo que aos poucos, e alcançar tal status? Sim? Mantenha o antigo reserva como titular, lance o menino lentamente e dê moral ao garoto. Não? Eita ferro… Recorra ao mercado o quanto antes ou não libere o titular.
Agora pergunto a você: quantos desses preceitos básicos foram adotados pela gestão de futebol do nosso Vasco da Gama?
Obs.1: Espero que Paulão e Breno não sejam jogados à fogueira contra o Bahia.
Obs.2: Jomar é impressionante. Às vezes faz um partidasso. Aí, na seguinte, volta ao normal. O tal do retorno à média.
Saudações Vascaínas.
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