Era uma sequência de 6 partidas sem qualquer derrota e, mesmo não tendo apresentado futebol empolgante e ainda tendo que conviver com o jejum de vitórias fora de casa no campeonato, o Vasco foi para campo contra o SPORT de Recife, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2018, levando um fio de esperança de trazer para São Januário, três importantes pontos que certamente colocariam o clube em uma situação bem mais cômoda na tabela.

A esperança se justificava, pois após semanas conturbadas para a diretoria cruzmaltina, a queda da liminar que cancelava a eleição de 2017 e, consequentemente, bloqueava a obtenção do empréstimo tão necessário para ajudar a fechar as contas de 2018, apontava para um ambiente mais ameno, com foco apenas dentro das quatro linhas.

Entretanto, após a liberação da escalação da equipe e a confirmação de o time havia ido mais uma vez, até a casa do adversário com uma formação para se defender, com 3 volantes à frente da zaga, fazendo com que o adversário, como qualquer time que jogue contra o Vasco ultimamente, acreditasse que era superior, mesmo não sendo, o temor por um novo revés passou a tomar conta de grande parte da torcida.

O que se viu a partir daí foi um desastre, que poderia ter tido dimensões de humilhação, bastando para isso que o juiz não voltasse atrás e anulasse o gol de Andrigo e que Fernando Miguel não defendesse o pênalti batido por Gabriel, fazendo com que uma derrota de 2×1 se transformasse em uma goleada de 4×1, para o segundo pior time do campeonato na tabela de classificação, que estava com 7 pontos a menos que o próprio Vasco.

Decididamente o Vasco se apequenou !!

E se apequenou porque não sabe tomar decisões. Contrata mal, escala mal, prepara mal. A começar pelo técnico Alberto Valentim, que nunca deveria ter sido contratado e, na opinião desse editor, já deveria ter saído após suas 4 partidas iniciais sem qualquer ponto.

A campanha de Valentim é fraquíssima, tendo conquistado apenas 10 pontos dos 33 disputados. É campanha de rebaixado e pior, a maioria disputada contra times que estão do meio para baixo da tabela, ou seja, adversários diretos. Em resumo, a vida que poderia ser mansa, acabou agora e as últimas 8 rodadas serão dureza, contra times bem mais qualificados.

Ontem, contra o Sport, vimos poucas virtudes em uma equipe sem inspiração e tentando fazer aquilo que sabe fazer de pior … se defender.

Como registro, podemos ressaltar apenas:

– A boa participação de Fernando Miguel defendendo a meta vascaína;

– O retorno de Desábato, que apareceu bem na proteção da zaga, enquanto esteve em campo, mesmo que errando alguns passes na criação das jogadas, mas que precisou ser deslocado para a direita, pois havia uma avenida em campo chamada de Rafael Galhardo. Aliás, Milton Mendes, técnico do Sport mostrou-se muito acertado ao armar a sua equipe exatamente para bombardear a lateral direita do Vasco, deslocando o ágil Mateus Gonçalves, que deitou e rolou.

– A luta de William Maranhão, enquanto Desábato esteve em campo, pois tinha liberdade para dar o primeiro combate, sabendo que receberia a cobertura do argentino.

– A qualidade de Maxi Lopez, que infelizmente ontem, não foi suficiente para ajudar muito, principalmente porque perdeu o companheiro Pikachu e não ganhou ninguém com a entrada tosca de Rios.

Por outro lado, o restante dos jogadores se apresentou abaixo do esperado, alguns contribuindo decisivamente para o insucesso do Vasco na partida e, por incrível que pareça, o time sentiu MUITA falta de Luiz Gustavo.

Essa derrota serviu para devolver, mais uma vez, os torcedores vascaínos à realidade e dar a certeza de que teremos muitas dificuldades para nos livrarmos do rebaixamento em 2018. Serviu também para evidenciar que não temos um técnico à altura do Vasco e que sua permanência somente irá piorar nossa situação. É hora de mudar urgentemente.

Saudações Vascaínas