A segunda vitória fora de casa veio, novamente, com o protagonismo dos meninos da base. O Vasco sofreu recentemente muitas perdas no elenco, jogadores se recuperando de contusão, adquirindo ritmo e alguns aguardando por propostas para deixar o clube. A solução encontrada por Milton Mendes foi apostar nos meninos da base. Essa aposta vem dando certo!
Os meninos já haviam brilhado no triunfo sobre o Vitória, na 13ª rodada. A diferença para esse jogo foi que ontem a maioria dos meninos iniciou o jogo. Mateus Vital, Paulinho e Paulo Victor foram titulares.
A mobilidade e velocidade ofensiva foram notórias e a principal arma do time. Além disso, um Atlético muito modificado e pouco entrosado facilitou as coisas para o Vasco. Aos 13 do primeiro tempo, após indecisão de dois volantes do Atlético, Escudero pegou a bola e passou para Paulinho abrir o placar. Era tudo que o Vasco queria fazer um gol nos primeiros minutos e conseguir administrar a partida.
Mas, apenas quatro minutos após marcar o gol, uma bobeada na defesa custou caro. Bruno Paulista perdeu a bola e caiu pedindo falta, o árbitro deixou o jogo seguir, Yago dominou e acertou belo chute, que ainda bateu no travessão e quicou dentro do gol. Martin Silva nada pôde fazer.
Logo após o empate do Atlético, Paulão sentiu e foi substituído por Jomar. O Atlético ensaiou uma pressão após empatar, chegou a dar alguns sustos. O Vasco assustava nos contra ataques. Em uma dessas escapadas, Bruno Paulista e Paulo Victor quase marcaram, em duas oportunidades.
O segundo tempo iniciou com Rafael Moura levando perigo em um chute defendido por Martin Silva. Em seguida, Jesiel cabeceou livre para fora. Cazares entrou e acendeu o sinal de alerta. O Vasco voltou mal, ficou acuado nos primeiros vinte minutos do segundo tempo. Escudero foi substituído por Guilherme Costa. Aos 22 minutos, a primeira jogada efetiva que o time criou no segundo tempo, Guilherme Costa arrancou com a bola do campo defensivo, deixou um adversário para trás e passou para Paulinho, que com extrema frieza, cortou o zagueiro e colocou no ângulo de Giovanni. Golaço!!!
A partir do segundo gol, o desespero tomou conta do Atlético, que tentou buscar o empate, mas não conseguiu criar nada. Cazares até assustou em um chute de fora da área, mas não aconteceu mais nada além disso. O Vasco administrou bem o resultado.
Apostar na base tem dado resultado. Milton Mendes parece ter aprendido que não se deve colocar os garotos apenas em situações adversas. É bem mais produtivo apostar nos meninos do que em veteranos que querem vestir a camisa cruzmaltina apenas por ego.
A prioridade é o Vasco e quem quer ajudá-lo. Quem tem vontade e orgulho de vestir essa camisa. Aqui não há espaço para ego.
Deixa os garotos brincarem!
/+/Saudações Vascaínas/+/
Atuações:
Martin Silva – Pouco exigido. Fez uma defesa em um chute de Rafael Moura e nada mais. Precisa melhorar a saída do gol e reposição de bola. Sem culpa alguma no gol – Nota 6.
Gilberto – Voltou melhor do que estava quando perdeu a vaga para Madson. Não abusou dos dribles e não errou defensivamente – Nota 6,5.
Paulão – Jogou pouco tempo, foi substituído aos 13 do primeiro tempo – Sem nota.
Rafael Marques – Não comprometeu – Nota 5,5.
Ramon – Seguro na defesa e soube dosar as subidas ao ataque. O setor melhorou muito após sua entrada – Nota 6,5.
Jean – Segue sendo muito importante na proteção à defesa. Errou em dar liberdade a Cazares em alguns momentos – Nota 5,5.
Bruno Paulista – Aparenta ocupar bem os espaços e ter técnica para fazer a saída de bola, mas o excesso de confiança o atrapalha. Falhou onde não podia e por isso tomamos o gol. Precisa jogar mais sério – Nota 4,5.
Mateus Vital – Sumido, nada participativo. Quando teve a chance de fazer algo positivo, tomou a decisão errada – Nota 4.
Escudero – Deu um toque de experiência ao meio de campo, mas falta velocidade. Deu a assistência para o primeiro gol – Nota 6,5.
Paulinho – O cara do jogo! Fez os dois gols, o segundo um golaço e participou da maioria das jogadas ofensivas. Insinuante, demonstrou frieza, eficiência e precisão. Não pode mais sair do time – Nota 10.
Paulo Victor – Com sua rapidez e mobilidade, deu opções para quem vinha de trás. Quase marcou um gol. Precisa ser utilizado frequentemente – Nota 7,5.
Jomar – Atrapalhado causou preocupação quando entrou, mas não comprometeu – Nota 6.
Guilherme Costa – Fez a jogada do segundo gol. Tem potencial, precisa parar de cair a todo o momento. Quando joga em pé, consegue produzir – Nota 7.
Wellington – Entrou na vaga de Bruno Paulista, não comprometeu – Nota 5,5.
Milton Mendes – Apostou nos meninos e foi recompensado por isso. Que tenha aprendido com os erros – Nota 7,5.
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