Quinta-feira, 19 de abril de 2018. Esse foi o dia que todos os vascaínos entenderam que o time não é aquela Ferrari que achavam, nem um opala… Nosso fusca, com todo o respeito aos amantes do carro da Volks, entrou em campo na Argentina contra o forte Racing. Durante 15 minutos, logo no início, nos impusemos em campo adversário, perdendo ao menos 3 chances de gol. O vascaíno mais iludido já imaginava que conquistaríamos os 3 pontos fora de casa, mas a realidade é dura e nos coloca os pés no chão como se houvesse bigornas amarradas às pernas.
A realidade é que temos os piores zagueiros da série A brasileira. Zaga essa que força nosso ataque a suplantar a quantidade de gols levados (nosso ataque é um dos melhores do país, mas a zaga a mais vazada). Zé Ricardo segue insistindo em Paulão e Erazo, apesar de contarmos com jogadores muito menos medíocres. Aliado a eles, ainda temos o baixo rendimento de Wellington, Henrique e Riascos.
Precisávamos de uma mudança com urgência. Precisávamos rodar as peças, experimentar outros jogadores. Ao invés disso, recebemos Diego Souza. Não se engane, esse que vos fala também gostou da contratação. No entanto, temos que entender que esse é mais um subterfúgio da diretoria para tirar os olhos dos torcedores daquele que parece ser nosso maior problema: as frágeis peças contratadas nas últimas 2 temporadas.
Diego vem para uma posição que já contamos com Galhardo, Giovanni Augusto, Wagner e Evander (o último talvez saia mediante a vinda do meia). Não é o atacante que tanto precisamos e sonhamos ou um zagueiro com o mínimo de qualidade para a posição mais carente do Vasco hoje. Será um ídolo, que trará lembranças passadas de títulos e da época que nosso maior problema era termos saído da Libertadores nas quartas de final. Não sanará nossas deficiências e corre o risco de ter nos ombros o peso de uma torcida frustrada, com a falta de títulos, com a política cruzmaltina ou com a possibilidade de um retorno a um lugar que nunca deveríamos ter ido.
Que Diego Souza seja muito bem vindo, mas que saibamos que nossos problemas continuam e que, mais uma vez, temos que garantir, primeiro, nossa permanência na série A, para depois, pensarmos em mais um ano com presença vascaína em campeonatos internacionais. Em suma: Diego, que bom que você veio! Saiba que a culpa, dessa vez, não será sua.
Saudações Vascaínas
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