Acredito que todos nós já ouvimos alguma vez a expressão “dois pesos e duas medidas”, para classificar decisões diferentes para uma mesma situação. Ao pesquisar seu significado vi que alguns dizem de forma errada, pois se são dois pesados, deveriam ser duas medidas. O certo seria “um peso e duas medidas”. Segundo o jurista Vilela: “trata-se de um idiomatismo, uma construção tão consagrada que dispensaria qualquer tipo de “correção”, mas que, ainda assim, é lógica. Ela remete à expressão pesos e medidas (que era até nome de instituição moderna, o Instituto Nacional de Pesos e Medidas) e queria dizer que, para avaliar duas coisas diversas (o rico e o pobre, por exemplo), usavam-se não uma só balança, mas duas diferentes (uma mais favorável, a outra mais desfavorável).

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Chama a atenção a situação do jovem atacante vascaíno Tales Magno. Convocado inicialmente para dois amistosos da seleção sub-17, o Vasco solicitou a CBF para liberá-lo, haja vista que teremos um jogo importante amanhã contra o maior rival e ainda por cima o atacante tem sido bastante utilizado pelo técnico Wanderley Luxemburgo, aliás, para muitos, ele foi o maior destaque no último jogo contra o Goiás. Entretanto a maior entidade de nosso futebol está irredutível quanto a liberação da jovem promessa. cabe salientar que os amistosos não estão marcados em data FIFA e teoricamente não tem relevância.

Mas o título da coluna quer chamar atenção a alguns episódios parecidos com esse e no caso, os clubes solicitantes tiveram êxito. No mês de Junho, o jogador Kaio Jorge do Santos foi liberado de um período de treinos da seleção sub-17 para ficar à disposição do clube praiano. O atleta não era titular á época e muito menos tinha alcançado destaque em sua equipe. Os atletas Rodrigo e Vinícius Júnior também por algumas vezes foram desconvocados de compromissos de seleções de base.

A pergunte que fica é a seguinte: A CBF está de má vontade com o Vasco ou está certa em não liberar o atleta?

O clube forma o atleta e paga os salários, todavia a CBF faz o que bem entende e o clube é obrigado a acatar. Teria um interesse por trás disso?

O Vasco ainda tenta a liberação do atleta. Tales inclusive, viajou com  o grupo para Brasília. Mas pelo andar da carruagem, não deverá jogar.

De certo, a impressão que a torcida tem é de fraqueza administrativa do cruzmaltino fora de campo. A CBF pode até ter razão no que diz (cada qual com sua versão), mas que falta uma boa vontade para com o Vasco, e isso, não se tem a menor dúvida.

Até quando, Campelo?

(+) Saudações Vascaínas (+)