super-martinVindo de uma bela sequência nas três primeiras partidas da Libertadores, o Vasco completou, na noite de ontem, na altitude de SUCRE (Bolívia), em partida dificílima, a sua participação na conhecida, e as vezes temida, fase PRÉ LIBERTADORES, vencendo o adversário Jorge Wilstmann nos pênaltis, após uma derrota de 4 x 0 no tempo normal.

Já durante a partida, muitas críticas foram ouvidas pelas redes sociais, principalmente sobre determinados atletas que visivelmente estavam abaixo do futebol apresentado nas partidas anteriores. Quase ninguém foi poupado, sendo os mais criticados, o zagueiro Paulão, o lateral Pikachu, os volantes Desábato e Wellington, os meias Wagner e Thiago Galhardo e até mesmo o técnico Zé Ricardo, que ultimamente estava nas graças da torcida.

Essas mesmas críticas continuaram após a partida, mesmo com a classificação à fase de grupos e, analisando friamente, tenho a tendência a me convencer de que são injustas, e explico os motivos que me levam a essa opinião:

Assim como dissemos que ganhar do Universidade Concepcion (Chile) de 4 x 0 não era uma vitória para comemorarmos, pois o adversário era muito fraco tecnicamente, de forma a não proporcionar uma análise adequada da capacidade real do Vasco, perder de 4 x 0 esse jogo contra o Jorge Wilstmann, também não pode ser entendido como uma catástrofe. Afinal, Jogar na altitude é muito difícil e só quem já passou por isso consegue explicar.

O corpo não faz o que a cabeça manda e quando ela pede. Os primeiros minutos são muito difíceis e jogamos contra um adversário que sabia disso e que acelerou o jogo desde o início.

O Jorge Wilstmann sabia que tinha 20, 25 minutos para fazer o resultado ou tirar muito a diferença de gols. E ninguém, absolutamente ninguém, no lugar do Zé Ricardo (não vale quem ficou olhando de fora, pela televisão), faria mexidas na equipe antes de ter a certeza de que conseguiríamos terminar com 11 jogadores.

O corre-corre implementado pelo adversário tinha exatamente a intenção de confundir, desnortear a equipe, para que os chuveirinhos pudessem acontecer. Eles sabiam que alguns atletas não se apresentaríamos bem nessas condições. Na altitude, perdemos o tempo da bola com facilidade e, com uma correria como essa, isso fica mais perigoso de acontecer. E muitos jogadores sentiram. Foi uma jogada certeira, onde conseguiram 4 gols de cabeça.

Podem dizer que Paulão é fraco? Sim. Mas ele sentiu muito. Podem afirmar sem dúvida que Pikachu não é um bom marcador? Também. Mas ele, além disso, sentiu e enfrentou um atacante inteligente e rápido (Serginho), que aprontou uma verdadeira correria pela ponta esquerda.

Entretanto, temos pontos realmente a criticar, como o meia Wagner, que não deveria nem ter entrado, pois não consegue ter ritmo nem sem altitude e como o Thiago Galhardo, que cometeu uma besteira tamanha, caindo na provocação de Serginho, reagindo infantilmente e sendo expulso, o que quase nos afundou de vez. Afinal, ele era a esperança de uma jogada para gol no final da partida.

Mas no final vencemos…. Nos pênaltis… De forma sofrida. Estamos de vez na fase de grupos da Libertadores e passamos por nossa “iniciação”. E quem passa por isso, já chega na fase de grupos em um ritmo emocional superior ao dos que começarem agora. Temos que nos aproveitar disso.

– Vamos SIM comemorar a passagem de fase, que é o que interessa mais.

– Vamos SIM comemorar o placar necessário no jogo de ida, pois se fosse o inverso, nosso 4 x 0 teria sido um ato de heroísmo e estaríamos aqui exaltando nossos heróis.

– Vamos SIM comemorar a grande participação de nosso Martin Silva, que desde o início do ano, nos antecipou que não seria fácil bater o Vasco na Libertadores. Ele mostrou isso com três excelentes e decisivas defesas na hora em que só ele poderia nos salvar.

Temos sim é que estarmos felizes demais. Estamos vivos.

Parabéns para todos os atletas, parabéns Zé Ricardo, parabéns VASCO.

Obrigado Martin Silva !!!

Saudações Vascaínas