Antes que algum torcedor venha com quatro pedras na mão dizendo que o Vasco é gigante, independentemente da situação, o chamo a uma reflexão realista. Se analisarmos o desempenho do cruzmaltino nos últimos 19 anos (salvo 2011-2012) veremos que o título faz total sentido. Três rebaixamentos, parcos títulos e participações nada honrosas em competições nacionais e internacionais marcam a trajetória vascaína nesse período.
Abaixo apresento os títulos conquistados pelo Vasco no período:
Veja todos os títulos do Vasco desde 2001:
Campeonato Carioca
2003, 2015 e 2016
Taça Guanabara (primeiro turno do Carioca)
2003, 2016 e 2019
Taça Rio (segundo turno do Carioca)
2001, 2003, 2004 e 2017
Série B Campeonato Brasileiro
2009
Copa da Hora
2010
Copa do Brasil
2011
Coloquei acima o contingente de títulos no período para que todos vejam o apequenamento institucional do clube. Apenas um título nacional relevante e “vários” títulos de turno do campeonato carioca. Em participações na Libertadores, somos o 10º clube do Brasil, tendo sua última aparição na maior competição sul-americana de clubes em 2018. sendo este último eliminado na fase de grupos, onde fomos goleado impiedosamente por Cruzeiro e Racing. Na década, o Vasco participou somente em 2001, 2012, 2018. Na Sul-Americana, a melhor participação foi em 2011, quando chegamos à semifinal. Durante esse calvário, o torcedor vascaíno foi ainda obrigado a aturar jogadores sem a mínima condição de vestir nossa camisa e também presenciar algumas de nossas joias serem vendidas para clubes rivais.
É quase unânime entre os torcedores que as más gestões levaram o Vasco a esse cenário que parece não ter fim. Nesse ínterim, grupelhos políticos surgiram, ajudando a dividir ainda mais um clube moribundo. Endividado, frágil institucionalmente e achincalhado por torcedores rivais, o Vasco só sobrevive por conta de sua estupenda e apaixonada torcida. Levando ao pé da letra o Mito de pandora, o torcedor vascaíno se agarra à esperança para viver dias melhores.
As receitas do clube não são o suficiente para quitar suas dívidas, com isso, o clube sempre deve alguém e atrasa salários. Ninguém até agora se mostrou capaz de trazer “dinheiro novo” para o clube. Como podem ver abaixo, o clube depende demais dos direitos de transmissões para sobreviver. Mesmo com o crescimento no número de sócios (como pode ser comprovado na segunda planilha abaixo), o recebível não tem sido suficiente para melhorarmos na qualidade das contratações.
Esse período criou na nova geração, uma carência por bons resultados e títulos. Jogadores comuns e de qualidade duvidosa foram alçados à condição de ídolos por conta dessa falta, surgindo então a vascarente. E para contextualizar o momento, cito dois jogadores que simbolizam isso.
Um já foi exaltado pela torcida, mas vive um mal momento, o outro é exaltado por alguns que o colocam como grande goleiro. Me refiro a Pikachu e a Fernando Miguel. Pikachu chegou ao clube advindo do Paysandu. Está há muito tempo por aqui e por vezes é elogiado por comentaristas de TV, que o colocam como jogador importante para o clube. Ao que parece, eles não assistem os jogos do Vasco e muito menos acompanham o clube. O pokemom é um lateral que bate mal na bola, não sabe cruzar, não tem velocidade e ainda por cima marca mal. O seu bom momento no Vasco se deu jogando fora de sua posição de origem. Como dizer que um cara desse é bom? Ele representa e tipifica o Vasco da década! Frágil, enganador que só faz figuração.
Vamos falar de Fernando Miguel. Miguel é um goleiro que nunca se firmou num grande clube, quando foi liberado de seu antigo clube (Vitória), estava encostado e quem via os jogos do tricolor baiano, nunca viu nada demais nele, um goleiro comum que poderia compor bem um grupo, mas NUNCA com a titularidade absoluta. Chegou ao Vasco num momento onde o antigo titular Martín Silva estava entregando tudo e rapidamente assumiu a titularidade. De forma discreta, passou mais segurança que seu antecessor e assumiu de vez a meta vascaína.
Este ano, tem tido algumas boas atuações, entretanto não é um goleiro de defesas que garantam pontos ao gigante da colina. Vive boa fase, mas não pode ser absoluto como alguns colocam. Ver Pikachu e Fernando Miguel (isso porque não citei Bastos e Henrique) como líderes de um grupo de jogadores, dá pra entender o porquê o Vasco vem mal. Esses caras tipificam claramente o Vasco do presente século, onde a fragilidade e mediocridade ditam a tônica do clube. Precisamos que o próximo presidente do clube entenda isso e monte um time decente, pois não se pode fazer futebol com tanta mediocridade!
(+) Saudações Vascaínas (+)
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