No início do ano, ele era só mais uma das jovens promessas vascaínas que despontava na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na final, contra o São Paulo, entrou no segundo tempo e mostrou boa desenvoltura, mas ainda assim não estava entre os mais destacados daquele elenco, que contava com talentos como Lucas Santos, Tiago Reis e Caio Lopes.

 

No entanto, à medida em que o tempo foi passando e que o Vasco, vivendo uma fase difícil na temporada, precisou promover cada vez mais jogadores da base ao seu time principal, um certo rapaz de cabeleira vasta e domínio de bola ainda maior começou a ganhar espaço e a construir sua história no futebol.

Seu nome? Talles Magno.

Logo nas suas primeira participações, vindo do banco de reservas, Talles já apresentou seu cartão de visitas: dribles desconcertantes, visão de jogo e uma inteligência para criar e finalizar jogadas rara até em veteranos do mundo da bola. Logo caiu nas graças da torcida cruz-maltina, que o condecorou com um apelido singular: Talles Mágico!

Após boas atuações contra Palmeiras, Flamengo e Goiás (quando foi eleito o craque do jogo), Talles Magno teve desempenho extraordinário contra o São Paulo, marcando seu primeiro gol entre os profissionais. O garoto não apenas consolidou sua presença no time titular como virou a principal referência do ataque vascaíno, a ponto de forçar o clube a agir nos bastidores para assegurar sua permanência mesmo após seguidas convocações para as seleções brasileiras de base, além de evitar uma prematura investida de empresários – inclusive do rival rubro-negro!

Mas Talles Magno é ainda um jovem de 17 anos, em seu primeiro ano como profissional. Na atual realidade, pode e deve ser encarado como uma grata promessa, e não como o salvador da Pátria Cruz-maltina. No último domingo, contra o bom time do Athletico, Talles foi marcado de perto, não teve os mesmos espaços de antes. Com efeito, parecia afobado para resolver as jogadas, principalmente no primeiro tempo. Na etapa final, com os adversários mais cansados, esteve um pouco mais solto, desferiu um perigoso chute a gol, bem defendido pelo arqueiro paranaense, mas nem de longe foi o “Mágico” que a torcida venera.

 

É preciso ter calma. Entre a “Magia” e a realidade há um longo caminho a ser trilhado. Nós, vascaínos, após anos de fracassos e vexames, estamos tão carentes de títulos quanto de ídolos. Mas, antes que um desempenho ruim de Talles no próximo jogo resulte em vaias que desmotivem o rapaz em seu sonho “mágico”, é necessário que se tenha a mesma paciência que a parcimônia útil nos momentos de maior euforia com as atuações do nosso camisa 43.

Enfim, que possamos ter (e dar) a chance de ver em São Januário e nos gramados do Brasil a magia de Talles Magno tirando da cartola gols e vitórias com a valiosa camisa do Gigante da Colina!

 

/+/ Saudações Vascaínas /+/

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