Por Mauro Amorim Filho

O clássico de sábado, no Maracanã, além de ter sido mais um jogo tecnicamente fraco do Vasco na temporada, evidenciou outra característica que tem sido a “marca” do time em 2018: o nervosismo.

Os números denotam dois aspectos negativos que corroboram esse descontrole emocional: a quantidade de vezes em que o Vasco saiu atrás no marcador e o excesso de cartões amarelos e vermelhos apresentados aos nossos atletas.

No Campeonato Estadual, o Gigante da Colina começou perdendo em 6 oportunidades (quase todas contra pequenos!), sempre levando gols no primeiro tempo; na Libertadores, isso ocorreu 4 vezes, o que resultou em goleadas sofridas contra 3 adversários; na Copa do Brasil, foi atropelado pelo Bahia ainda no início do jogo em Salvador; e no Brasileirão em TODOS os 5 jogos até aqui o Vasco começou sofrendo gol na primeira etapa – normalmente antes do 30°. minuto.

Quanto aos cartões, uma observação: até o último jogo, quando teve dois jogadores expulsos pela primeira vez no Brasileirão, o Vasco já era o clube com o maior número de cartões amarelos da competição (ao lado do arquirrival). Isso sem falar na Libertadores – 3 expulsões – e na final do Estadual (a expulsão de Fabrício), que contribuíram para o fracasso do time nas competições que disputou em 2018.

Todos esses números convergem num mesmo fato: os jogadores do Vasco não têm tranquilidade pra começar um jogo. Isso, claro, é fruto da instabilidade política e institucional do clube, porque ninguém sabe pra onde as coisas vão caminhar e a sensação é a de que não há projetos nem organização do trabalho.

Mais do que futebol, o Vasco precisa de um pouco de paz.

 

/+/ Saudações Vascaínas/+/