As arquibancadas vazias do Engenhão refletiram exatamente o que foi o jogo entre Vasco e Santos. As duas equipes estavam tão motivadas quanto à quantidade de torcedores presentes no estádio… Muita gente deve ter aproveitado para tirar um sono durante a partida.
O primeiro tempo desse jogo deveria ser utilizado para tratamento de insônia, acredito que o método funcionaria. Nenhuma das duas equipes criou nada, as arquibancadas vazias estavam mais interessantes do que o que foi apresentado em campo.
No segundo tempo as coisas deram uma ligeira melhorada. Vasco agrediu um pouco mais, deixando o Santos acuado. Aos 5 minutos Thalles cabeceou a esquerda do gol de João Paulo, após cruzamento de Ramon. O Vasco seguia mais presente no campo ofensivo, mas sem muita objetividade. Thalles levou perigo em mais dois lances, em uma cabeçada que passou a direita do gol e em um chute forte de fora da área, João Paulo espalmou, Madson pegou o rebote, mas chutou para fora.
O time seguiu mais presente no campo de ataque, mas sem criatividade. Nenê assustou em dois chutes de fora da área, ambos espalmados para fora por João Paulo. De resto, o time limitou-se a levantar bolas na área, o que não surtiu efeito.
No fim das contas, o empate acabou sendo justo. Vasco criou mais chances, mas nenhuma dessas chances foi clara o suficiente. Teve o domínio do jogo, atacou mais, mas faltou criatividade e principalmente intensidade. Deixamos de ganhar dois pontos preciosos.
Agora precisamos recuperar os pontos perdidos ontem, e de forma mais complicada, fora de casa. As próximas duas partidas serão fora de casa, contra São Paulo e Atlético/MG.
A energia de São Januário e a torcida fizeram falta ontem. Talvez com o caldeirão lotado, o resultado fosse diferente. O pior é que podemos ficar por muito tempo longe de lá. Hoje será realizado o julgamento que pode culminar na perda de mais de 10 mandos de campo. Resta torcer para que a pena não seja tão grande.
/+/Saudações Vascaínas/+/
Atuações:
Martin Silva – Pouco exigido. Foi notado apenas em uma reposição errada e em duas bolas aéreas em que deveria ter saído. Não vive um bom momento – Nota 5.
Madson – Cedeu um escanteio desnecessário e perdeu uma boa oportunidade de marcar. Tem deficiências técnicas, mas cumpre papel tático e fundamentos da posição muito melhor que Gilberto – Nota 6.
Rafael Marques – Não teve muito trabalho. Acabou tomando cartão amarelo por falta boba – Nota 5.
Paulão – Foi seguro, interceptou a jogada mais perigosa do Santos no jogo. Fez sua melhor partida pelo Vasco. Muito porque o adversário pouco ameaçou – Nota 6,5.
Ramon – É mais jogador que Henrique, indiscutivelmente. Não cedeu espaços na defesa e fez boas aparições no ataque –Nota 6.
Jean – Não teve muito trabalho. Fechou bem os espaços quando necessário – Nota 6,5.
Wellington – Errou muitos passes e abusou de prender a bola em vários momentos – Nota 4,5.
Yago Pikachu – Obediente taticamente, mas não consegue ser produtivo. Levou perigo em uma cobrança de falta e nada mais – Nota 4,5
Nenê – Deu dois bons chutes a gol, mas exagerou nos cruzamentos. Não tem condições físicas para atuar como ala, cansa antes da metade da segunda etapa – Nota 6.
Wagner – Buscou jogo, participou bastante, mas a falta de ritmo ainda é notória. Precisa continuar recebendo oportunidades para recuperar o ritmo – Nota 5.
Thalles – Duas cabeçadas para fora e um bom chute para o gol. Melhorou em relação ao que estava, mas ainda está longe do ideal – Nota 5,5.
Bruno Paulista – Entrou na vaga de Wellington e deu mais qualidade no passe. Parece ter qualidade, mas ainda está sem ritmo – Nota 5,5.
Guilherme Costa – Entrou para dar mais velocidade e agressividade. Sofreu falta que ocasionou na expulsão de Daniel Guedes. Deveria ter entrado antes – Nota 5,5.
Paulo Vitor – Não teve tempo de mostrar nada – Sem nota.
Ednelson Silva – Demorou a mexer no time. Faltou ousadia no fim, deveria sacar Jean e lançar um jogador de frente, já que o Santos não atacava e estava com menos um – Nota 4.
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