por Rodrigo Machado

Cinco meses depois do jogo de ida, Vasco e Goiás voltaram a campo na noite de ontem para definir quem seria o classificado para a 4ª fase da Copa do Brasil 2020. Como foi derrotado em São Januário por 1×0, o time cruz-maltino precisava da vitória por pelo menos um gol de diferença pra levar a disputa para os pênaltis. E foi exatamente o que aconteceu: no tempo normal, o Vasco venceu por 2×1, o que forçou as penalidades; e, com duas defesas de Fernando Miguel, o Gigante da Colina bateu a equipe da casa por 3×2 e desceu a Serrinha classificado.

Sabíamos que a postura do time teria que ser diferente, pois o adversário provavelmente iria ficar mais retraído, buscando contra-ataques. Não foi o que aconteceu nos primeiros 15 minutos. O Goiás não se acomodou com a vantagem e foi pra cima do Vasco. O time cruz-maltino teve dificuldades no início da partida. A primeira oportunidade criada pelo Gigante foi aos 24, com bom chute de Talles, de fora da área; Tadeu fez boa defesa.

A partir daí, o Vasco, que já havia iniciado um equilíbrio da partida, dominou as ações. O prêmio veio aos 32, quando Henrique, ao tentar cruzar, acertou o gol, com ajuda do desvio no marcador. O Gigante abria o placar antes do intervalo, um cenário positivo para as pretensões da equipe. O controle cruz-maltino seguia, até que, em um lance com uma série de erros, um escanteio pro Goiás foi gerado. Na cobrança, a bola resvalou em Talles e sobrou limpa para Rafael Vaz empatar. Foi um banho de água fria ir para o intervalo com a perda da vantagem!

No segundo tempo, a postura do Gigante foi diferente desde o início, controlando as ações. Logo aos 4, Benítez recebeu no meio e arriscou de longe. A bola desviou no zagueiro e encobriu Tadeu. O Vasco retomava a vantagem no placar, com a mesma sorte do primeiro gol. Com a vantagem na mão novamente, o Vasco não abdicou do controle do jogo e buscou o terceiro gol. Algumas boas oportunidades foram criadas, mas esbarramos na boa atuação do goleiro Tadeu e no preciosismo de Germán Cano.

 

Na disputa por pênaltis, o cenário era de apreensão. Afinal, o Vasco não é um clube que costuma vencer duelos penais. A última ocorreu em 2018, na Pré-Libertadores, quando Martín Silva defendeu três cobranças contra o Jorge Wilstermann e nos classificou à fase de grupos daquela competição. Ontem, novamente um arqueiro cruz-maltino brilhou: era a vez de Fernando Miguel! Seguro durante a partida, o goleiro foi destaque na disputa de pênaltis, fazendo duas defesas, o que nos deu o crédito de não precisar da última cobrança.

Depois de tanto tempo esperando de forma apreensiva, o Vasco conseguiu se classificar e se livrar do último resquício do péssimo trabalho de Abel Braga. Nem mesmo o preciosismo de Germán Cano e os erros defensivos de Pikachu foram suficientes para nos prejudicar. Seguimos disputando três competições, o que será de extrema importância, financeiramente e em competitividade.

O trabalho de Ramon ainda está começando, precisa melhorar muito, mas já mostra ser uma boa ideia, e a cada jogo isso vai ficando mais claro. Vale ressaltar também o espírito do grupo, que tem se entregado de corpo e alma. Os jogadores mostram que acreditam no trabalho de Ramon e, principalmente, comprovam que, com salários em dia, qualquer profissional trabalha melhor.

 

/+/Saudações Vascaínas/+/

Destaques positivos: Fernando Miguel, Castán, Ricardo, Henrique e Benítez.
Melhores em campo: Henrique e Benítez.
Pior em campo: Yago Pikachu