A partida entre Vasco e Atlético paranaense, iniciou eletrizante, com a garotada do Vasco partindo para cima e marcando o adversário sob pressão.

A boa presença de público, dava sinais que a punição ao Vasco, que teve seu campo interditado e ficou obrigado a mandar suas partidas a 100 Km da capital, no mínimo, poderia não influenciar tanto no resultado da partida.

Nem mesmo as condições lamentáveis do gramado faziam com que a torcida acreditasse em um resultado negativo.

Milton Mendes, por sua vez, atendeu aos anseios de uma parte da torcida e escalou a garotada, dando uma nova oportunidade a Guilherme Costa, que iniciou a partida substituindo Escudero.

O Atlético, entretanto, não demorou a colocar a cabeça no lugar e equilibrar a partida, provando que a escalação de um meia mais experiente faria falta.

O Vasco realmente era rápido, mas não assustava a defesa do Atlético e isso custou caro ao Gigante da Colina. Com menos experiência no meio campo, Jean e Bruno Paulista se desdobravam para conter as investidas do adversário e se desestabilizaram, principalmente o volante Bruno Paulista.

Aos 20 minutos do primeiro tempo, os dois já estavam amarelados e o Vasco, mesmo com maior posse de bola, já não impunha tanta preocupação ao adversário.

Veio então o lance que mudaria a partida definitivamente. E infelizmente não foi um drible sensacional, um cruzamento na medida ou um chute certeiro. Foi uma substituição que fez cada vascaíno lembrar dos seus maiores pesadelos desse ano.

Em lance individual, o lateral Ramon sentiu a coxa e precisou sair para a entrada de Henrique.

Confesso, caro leitor, que a partir daí, somente esperei o erro do nosso lateral. E ele veio. Em cruzamento despretensioso vindo da esquerda, a bola cai exatamente para Henrique cortar. E para o desespero da torcida vascaína, Henrique se enrola com a bola bisonhamente e a deixa passar por entre as suas pernas, caindo à feição de Ribamar, que só empurrou para as redes.

A partir desse momento, o Vasco se lançou novamente ao ataque, tentando o empate e o que se viu foi o garoto Paulo Vitor contagiar a todos com muita capacidade e disposição. Paulo Vitor era visto em todos os locais do campo e protagonizou os melhores momentos do Vasco até o último segundo, quando acertou um tiro cruzado espetacular na trave.

Por outro lado, ficou preocupante o abatimento de Bruno Paulista com seus erros, que se acumulavam, inviabilizando o funcionamento do meio campo e ainda gerando riscos à defesa do Vasco. O volante vascaíno não acertava qualquer jogada que tentava e deveria ter sido substituído, independentemente da estratégia, colocando um outro volante ou mais uma peça de ataque.

Milton Mendes fez 2 substituições, sacando Guilherme Costa e o garoto Paulinho. Para seus lugares, entraram, respectivamente, Thales e Manga, que nada fizeram.

Vale ressaltar também a atual condição do arqueiro Vascaíno em bolas alçadas na área. Martin Silva, que ninguém duvida de sua qualidade e importância para o elenco do Vasco, está passando por momentos muito instáveis e precisa receber atenção especial da comissão técnica e dos preparadores de goleiros, antes que comece a criar situações complicadas para a equipe.

Mas a pergunta que fica em nossas cabeças continua a mesma e é dirigida ao nosso comandante Milton Mendes. Até quando ele irá apostar em Henrique? Se fizermos uma estatística, foram inúmeros os gols que sofremos no campeonato, vindos através de falhas individuais dele ou de seu posicionamento. Há de existir uma alternativa técnica ou tática para substituirmos o lateral Ramon, que provavelmente não jogará contra o Cruzeiro.

Já fomos rebaixados antes por insistir em jogadores que estavam falhando reiteradamente  e de forma grava, como Cris e Diogo Silva. Será que precisamos passar novamente por isso?

Saudações Vascaínas