“Contra o River Plate, sensacional!

Gol de quem? Gol do Juninho, Monumental!”

A música todo vascaíno sabe de cor – ela sintetiza um dos momentos mais importantes da História do Gigante da Colina: foi num dia como o de hoje, 22 de julho, mas em 1998, que o “Reizinho de São Januário” marcou o “poético” gol que classificou o Vasco para a final da Taça Libertadores da América que viria a conquistar no ano em que comemorava seu primeiro Centenário.

Lá se vão exatos 20 anos (!), mas eu lembro como se tivesse acabado de acontecer. O curioso é que, apesar do simbolismo do gol e do sucesso da campanha, recordo-me que o momento não era dos mais auspiciosos.

O Vasco, que teve um início de competição claudicante (foram 2 derrotas e 1 empate), tinha se recuperado, conquistando a classificação com uma rodada de antecipação. Nos “mata-matas”, de forma invicta e convincente, o Gigante da Colina eliminou os dois times brasileiros que haviam conquistado a competição nos anos anteriores, classificando-se para a semifinal.

No entanto, justamente quando o time embalava, a Libertadores foi interrompida para a disputa da Copa do Mundo da França. No retorno da competição sul-americana, em São Januário, a equipe cruz-maltina venceu um jogo duríssimo contra o River Plate, mas o “magro” 1 a 0 preocupava a todos nós, vascaínos, cientes de que a “volta”, no Monumental de Nuñez, seria ainda mais complicada.

E não deu outra: logo aos 25 minutos, Sorín abriu o placar para os argentinos, que cozinhavam o jogo e anulavam as principais jogadas do Vasco. No segundo tempo, nosso time foi ainda mais pressionado e o empate no placar agregado – que levaria à disputa da vaga na decisão para os pênaltis – parecia até satisfatório.

Foi aí que toda a magia aconteceu: Juninho Pernambucano, que entrara no lugar de Luizão, cobrou falta com perfeição e fez o gol mais importante de sua carreira.

Ou seja, o contexto histórico acima narrado nos permite duas lições interessantes para os tempos atuais: das 7 vitórias do Vasco na Libertadores de 1998, 6 foram em São Januário (nosso Caldeirão sempre foi decisivo!); mesmo grandes esquadrões vascaínos passaram por momentos de apuros, mas a superação sempre marcou nossa história – não à toa somos o “time da virada”.

Que essas lembranças inspirem o atual elenco cruz-maltino e a nossa torcida, no jogo de hoje e em todo o restante da temporada. Se não vierem títulos, que não falte empenho aos atletas e esperança a todos nós vascaínos.

“Vasco, a tua glória é tua história”!

 

/+/ Saudações Vascaínas/+/