Este que vos escreve não viu o jogo. Tive compromissos pessoais e não pôde ir ao Maraca. Pior, não vi o jogo na TV. Não pude sequer ver o jogo pelo App no Celular pois a cerimônia do casamento que participava como padrinho foi no início do jogo, e todos os demais compromissos de um padrinho tomaram o tempo do restante do jogo.
Fui me atualizando pelos grupos de WhatsApp. No meu caso, são 3 grupos totalmente diferentes e com perfil muito opostos. Algumas pessoas participam simultaneamente de 2, junto a mim. Mas até eles se comportam de forma diferente em ambos (mais despojados em um e mais profissional no segundo).
Acompanhei durante a semana a animação e empolgação em um, com direito a churrasco no entorno do Maraca no pré jogo, a animação contida dos que iam ao jogo no segundo e o sentimento de “tanto faz” no terceiro. Enquanto no primeiro a lista de confirmação dos presente no churrasco só aumentava, em outro ouvia a voz profética do que falava “Estou preocupado com o jogo. O Vasco não ganha quanto tanta gente aposta nele.”.
E assim foi. Empolgação e fotos com o Maracanã enchendo. Vídeos com a festa da torcida e a entoação do canto “Camisas Negras”. Animação com o gol do time. Exaltação a alguns jogadores do time com boa atuação. Críticas a outros, os de sempre, principalmente pela “falta de sangue” de um e pelos erros do outro.
Intervalo, 1-0 a favor. Time ganhando, a maioria das pessoas estava animada. “Libertadores, qualquer dia tamo aí” era uma das frases mais proferidas. Exaltação a Anderson Martins, críticas a Vital e Pikachu. Cenário se mantinha, mas eis que volta a voz do profeta: “Time não matou o jogo. Resultado mínimo é perigoso. Ainda não estou convencido!”.
Eis que vem o segundo tempo, time recuado, somente se defendendo e já começa a mudar o panorama. Alguns ansiosos pelo fim do jogo. Outros, nem tanto. Maracanã virou programa de solteiro no sábado a tarde. Foto com o perfil caçador mantido: óculos escuros, bebida na mão….”Quem é aquela ali mesmo? Muito gata!” Gol dos caras. 1-1.
Pronto! Aí mudou tudo. Começamos a ler reclamações ao Zé Ricardo. “Time todo é ruim”. “Libertadores é sonho, com esse time vamos passar vergonha”. “Alguém pelo amor de Deus tira o Pikachu”. “Olha o cruzamento desse Madson”. “Thalles não !!! Pelo amor de Deus!”.
Por fim, as críticas foram as mesmas. O time não saiu do empate. Teve Breno expulso (e reclamações contra o juiz). Alguns estavam mais serenos, outros mais exaltados. Alguns queriam continuar a “festa” nos bares do lado de fora, outros só queriam voltar pra casa em paz com amigos e/ou família.
Como resultado comum, segue o mantra “Tantos pontos mais longe da Libertadores, tantos pontos mais longe do Z-4”.
Mas como principal resultado, segue a mística. O vascaíno continua o mesmo. A festa da torcida continua a mesma. A “boca maldita” de São Januário continua à solta. A torcida ama cantar, gritar, xingar seus próprios jogadores. Adora amar a Cruz de Malta e o Clube mais lindo que existe. Vai ser assim. Sempre assim! Passam-se os anos e o perfil não muda. A torcida é plural, opiniões são múltiplas, divergentes. E é por isso que faz com que amemos tanto o nosso Gigante de estimação. Salve Vasco!
/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/
Obs.: Foi isso. Eu de lá, do meio da festa, acompanhei muito mais as emoções do que o jogo em si. Hoje não seria dia de uma coluna pós-jogo tradicional. Seria muito mais da análise de uma torcida apaixonada, que coloca 30.000 pessoas no Maracanã para ver um time no meio da tabela do Brasileirão. Salve a torcida vascaína!
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