Rio de Janeiro, 09 de Janeiro de 2018. Uma data para ser lembrado por um bom tempo. Um dia dividido entre uma ótima e uma péssima notícia. O mesmo dia em que a liminar solicitando validade dos votos da urna 7 foi indeferida pelo Desembargador José Carlos Varando, foi também o dia em que o zagueiro e um dos líderes do elenco, Anderson Martins, se desligou do Vasco.

Durante a semana já havia sido noticiado por diversos veículos que o defensor estava insatisfeito. Apurando as notícias, os atrasos salariais era o que mais incomodava Anderson. E ontem, desde o começo do dia, a saída dele já era dada como certa. Dito e feito! Logo após a notícia da anulação da urna 7, a diretoria rescindiu seu contrato.

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Anderson chegou sabendo dos problemas do clube, pegou o clube numa situação ruim na tabela e ajudou a evoluir e a alcançar o objetivo de chegar a Libertadores. Mas o combinado pela diretoria não foi cumprido. Como boa parte do elenco, os salários de Novembro e Dezembro, 13° e premiações estavam em atraso.  Anderson saiu sem receber o que era dele por direito. Isso não me parece atitude de um mercenário. Se outro jogador do elenco agir da mesma maneira que Anderson, não estará errado.

A forma como Anderson saiu foi muito mal vista por boa parte da torcida. Muitos o chamam de mercenário, mas não procuram os verdadeiros culpados. O que ocasionou isso foi à total incompetência de uma diretoria extremamente amadora, que mal consegue honrar seus compromissos com jogadores e funcionários. Não bastassem os problemas financeiros, o planejamento inexiste. E, rescindir o contrato de um dos líderes do elenco logo após uma derrota no tribunal, parece uma ótima jogada para desviar o foco. Os verdadeiros vascaínos irão entender isso!

Falta caráter, profissionalismo e, principalmente, comprometimento desse povo com a instituição Vasco da Gama. Como o próprio Anderson Martins disse, o Vasco não merece isso.

Anderson Martins fará muita falta lamentável que tenha saído dessa forma. Mas iremos superar! Nenhum jogador ou dirigente é maior que a instituição. Eu só esperava que os componentes dessa diretoria amadora tivessem a mesma atitude que ele, mas claro, por motivos diferentes. Que tivessem a hombridade de assumir sua incompetência e que deixassem a cadeira para quem realmente tem competência para assumi-la.

Quase duas décadas de sofrimento parecem estar perto do fim. É o que desejamos!

/+/Saudações Vascaínas/+/