Seis anos distante da maior competição da América e o Vasco teve um início patético. Foi presa fácil para a Universidad de Chile, que venceu por 1×0, gol marcado aos 31 minutos da etapa final.

O início do jogo foi marcado pelas intensas disputas de bola. O Vasco levou cerca de 30 minutos para começar a tentar se livrar do domínio chileno e pôr a bola no chão. Não adiantou muita coisa, a afobação era imensa e o time não conseguia trocar três passes em seqüência.

Em um determinado momento, o Vasco chegou a assustar após saída errada de Johnny Herrera, Riascos cruzou errado e a bola acertou o travessão. No rebote, Rildo se precipitou e acabou cruzando errado, quando tinha melhores opções se aproximando da área.

Os primeiros cinco minutos do segundo tempo deram uma ligeira animada, mas foi pura ilusão. Paulinho entrou no lugar do improdutivo Wagner, apareceu bem pela direita em duas oportunidades, mas errou na conclusão de ambas. Passou o restante do jogo desaparecido.

O domínio chileno foi maior no segundo tempo. Vasco era cada vez mais improdutivo. Um pequeno sopro de produtividade surgiu quando Pikachu cruzou para área e Rildo cabeceou, Herrera rebateu para o meio da área, mas ninguém chegou para completar.

Três minutos depois, o golpe de misericórdia. Após cobrança de lateral, isso mesmo, COBRANÇA DE LATERAL pela direita, Araos girou facilmente em cima de Paulão e bateu na saída de Martin. Paulão parecia uma criança ao tentar parar o meia chileno. Um zagueiro profissional não pode ser batido de forma tão infantil.

Após o desastre de ontem em que o torcedor irá se apegar? A meta de 11 pontos de Zé Ricardo está comprometida. A vitória ontem era de extrema necessidade, haja vista que os próximos dois jogos são fora de casa, contra adversários tecnicamente mais fortes que a La U.

É apenas o começo, mas como foi extremamente desanimador, a impressão que fica é que restam cinco jogos para uma vergonhosa eliminação.

Pela Libertadores, voltaremos a campo no próximo dia 04, contra o Cruzeiro, em Minas. Até lá, Zé Ricardo terá muito trabalho.

/+/Saudações Vascaínas/+/

Atuações:

Martin: Não foi o responsável direto pelo gol, mas a bola era perfeitamente defensável. Falhou! – Nota 4,5.

Pikachu: Uma avenida na defesa (como sempre) e nada efetivo no apoio. Acertou um cruzamento e mais nada. – Nota 3.

Paulão: Com a altura e porte físico que tem, não pode tomar giro de um jogador franzino e cansado como Araos. É um jogador horroroso e inoperante. Responsável direto pela derrota – Nota 2.

Erazo: Perdido e sem tempo. Uma falha sua quase ocasionou gol de Rafael Vaz. – Nota 3.

Henrique: O menos pior do quarteto defensivo. Não comprometeu defensivamente, mas também não produziu ofensivamente – Nota 4,5.

Desábato: Errou passes que não costuma errar, mas estava dando proteção a zaga. Deu lugar a Rios. – Nota 4,5.

Wellington: Jogou com mais seriedade, mas errou muitos passes e não conseguiu ser o elemento surpresa, conforme pedido por Zé Ricardo. – Nota 3,5.

Wagner: Improdutivo. É o mais experiente do elenco, mas não chama a responsabilidade. Erra passes infantis. Forçou uma bola em Riascos marcado, quando tinha uma avenida aberta no lado esquerdo. – Nota 1.

Evander: Tem técnica, mas falta vontade e intensidade. Demora demais a entrar no jogo, quando entra parece um veterano de 36 anos aos 50 do segundo tempo. Não pode ser o 10 do Vasco. – Nota 2.

Rildo: Lutou como sempre, mas suas características não encaixavam com o tipo de jogo. A melhor chance do Vasco saiu com ele. O melhor em campo. – Nota 5,5.

Riascos: Atrapalhado como sempre. Levou cartão amarelo em uma jogada perdida e quase foi expulso em duas ou três jogadas similares. Quase marcou num cruzamento errado e deu um bom passe para Paulinho. Mais nada. Fraquíssimo. – Nota 3.

Paulinho: Em três minutos apareceu bem em duas oportunidades, mas concluiu mal as duas jogadas. Depois ficou sumido. Está mal demais desde o desastre na Bolívia. – Nota 4.

Rios: Entrou para jogar mais recuado, não conseguiu produzir absolutamente nada. – Nota 2.

Paulo Vitor: Entrou nos minutos finais e também não conseguiu alterar nada. – Sem nota.

Zé Ricardo: Foi prejudicado por conta da virose sofrida pelos jogadores um dia antes da partida. Não deixou claro o que queria quando colocou Rios na vaga de Desábato. Deveria ter sacado o Riascos ao fim da primeira etapa. – Nota 4.