Duas notícias publicadas ontem no globoesporte.com chamaram a atenção dos internautas acerca do incremento dos programas de sócio-torcedor de dois clubes brasileiros: Internacional e Flamengo.

Segundo o site, o Colorado atingiu o imponente número de 126 mil inscritos no seu quadro social, o que representa 22% da receita do clube gaúcho.

Por outra publicação da mesma mídia esportiva, fomos informados de que o programa “Nação Rubro-Negra” alavancou o total de sócios-torcedores para 123 mil flamenguistas que contribuem para os cofres do clube da Gávea.

E o Vasco? O Gigante da Colina, que já esteve entre as 3 maiores torcidas do País e que vem lotando São Januário mesmo com um time aquém de suas tradições, nem chega a 30 mil sócios inscritos. Além disso, vários torcedores que se filiaram no meio do ano, com vistas à legitimação de sua condição de eleitores para o sufrágio do próximo ano, sequer tiveram sua inscrição homologada pelo Presidente Alexandre Campello até agora. Cadê o planejamento e a transparência?

 

Ontem mesmo um amigo vascaíno me perguntou: “Como pode um time como o Inter, que é apenas regional (em termos de número de torcedores espalhados pelo Brasil) ter isso tudo de sócios e o Vasco, que é nacional, não ter nem 30 mil sócios?”

Eu o respondi, citando algumas justificativas:

1) a ideia de perpetuar no poder do clube um homem que o usava como plataforma política e se sentia dono dele, com o aval dos seus “seguidores” e de muitos torcedores, sob falácias como “respeito”;

2) a ganância de um pequeno grupo de beneméritos que preferem manter seus podres poderes em detrimento da descentralização da gestão administrativa;

3) a “inocente” arrogância de todos aqueles que preferem se contentar em nutrir um sentimento de aversão ao maior rival ao invés de mirar em seus bons exemplos para moldar um novo e moderno conceito de administração das finanças e do futebol, de modo a permitir que nem mesmo um rebaixamento o impeça de ressurgir das cinzas e se reestruturar para voltar a brigar por títulos nacionais, como fez o Inter;

4) o amadorismo de setores como o de marketing, que não é capaz de criar um programa que valorize o passado grandioso do clube, mas sem deixar de destacar um olhar para o futuro de sua torcida.

O Flamengo, aquele do “cheirinho”, apesar da falta de títulos – por enquanto -, desenvolve um trabalho em relação ao qual o Vasco deveria humildemente se inspirar.

E o Colorado pode até ser regional, mas está na final da Copa do Brasil e tem tudo pra voltar a ser… Internacional. Por outro lado, o Vasco, outrora nacional (até continental), parece cada vez mais provinciano…

 

/+/ Saudações Vascaínas /+/

Fonte: https://globoesporte.globo.com/rs/futebol/times/internacional/noticia/finalista-da-copa-do-brasil-inter-atinge-recorde-com-126-mil-socios.ghtml;

https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/flamengo-passa-a-marca-de-123-mil-inscritos-e-bate-recorde-de-seu-programa-de-socios-torcedores.ghtml