Não bastasse o isolamento em relação à imprensa e aos demais clubes, a família Miranda vem escrevendo mais um capítulo na sua enorme história junto ao Clube. Já foi época de briga com a grande mídia e com os pequenos grupos de imprensa. Já se passaram anos de briga com a Confederação Brasileira de Futebol. Brigas com adversários políticos já foram imensamente divulgadas e até alardeadas como troféus de hombridade e vitórias políticas.
Mas parece que agora a Família Miranda vem criando uma nova forma de agir. O Pai, por diversas razões (saúde e política interna), vem diminuindo um pouco a sua forma centralizadora de gerir o Clube. No entanto, vem aumentando a influência e o poder político de seus “meninos”. Euriquinho já vem sendo prestigiado com uma enorme dose de “costas largas” que são bancadas por seu Genitor. Álvaro, no entanto, ainda se mantém na base, onde, temos que admitir, como já fizemos em colunas anteriores, faz um bom trabalho de recuperação.
Isto, no entanto, não impede que os erros de Euriquinho (como é conhecido em todo o mundo do futebol – sem menção pejorativa por esse que vos escreve), vem sendo o ponto fora da curva, e que vem destruindo toda a aliança política construída e a imagem de união de forças que o pai tenta demonstrar. Em poucos anos, Euriquinho passou de Assessor da Presidência a Vice-Presidente de Futebol, ganhando um protagonismo não condizente com a História de um Clube democrático e que sempre teve na divisão de poderes e funções uma de suas grandes armas.
Esta vem se refletindo no processo eleitoral que se aproxima. Em primeiro plano, alguns grupos vêm se formando e articulando alianças até então improváveis. A Oposição à atual Gestão vem tentando entrar em consenso sobre um único nome. Mas quem formou a atual Gestão há 3 anos vem embaralhando esse processo todo. Há histórias de que alguns nomes de peso que formaram a direção atual, e que já estão rompidos com o Miranda Pai em razão do filho, estão se articulando, mas a falta de um nome de consenso prejudica os dois casos. Já houve avaliações políticas de que isto seria uma estratégia da Sr. Miranda para diluir a força da Oposição, mas quem conhece bem os meandros do Clube sabe bem que não o é.
Como resultado, vemos o Vasco perdendo espaço em todos os níveis. Não tem mais a força política nacional de outrora e muito menos se mantém com a força econômica que outros clubes vem conseguindo ter. Por fim, esse embaraço político vem criando casos muito tristes para a nossa história, como os gritos de “Fora Eurico” que vem de 80% da arquibancada, fora os setores que tem o prazer de almoçar com a Presidência do Clube, como casos ainda mais tristes, como as inúmeras brigas que acontecem de vez em quando nas Sociais do Clube.
Como mais um triste caso de isolamento, uma das poucas forças que carregavam o nome do nosso Clube, o Time de Futebol Americano, hoje Patriotas FA, mas sempre conhecido pelo nome de “Vasco Patriotas” e que sempre representou o nosso nome com grande honradez e ótimos resultados, foi “desfiliado” pelo Clube e fez questão de se abster de usar o nome em razão da briga da última quarta-feira (07/06/17) nas Sociais de São Januário, quando do jogo contra o Corinthians.
A tentativa de demonstração de força criada pela atual Diretoria em sua Nota no Site Oficial e suas Notificações Oficiais à CBFA e ao atual Presidente do “Patriotas FA” mostra que a atual Gestão gosta de briga e de tentar demonstrar força em relação a todos que não “rezem a sua cartilha” e, no caso da proliferação dos “Mirandas” na Administração, estamos aumentando o número dos que querem briga em detrimento do crescimento do Clube através de parcerias e melhora na imagem pública da Instituição.
Aqui, a nossa busca é sempre em prol do crescimento (em todos os níveis e esportes), e que seja sempre o Vasco grande, mantendo, por fim, a sua maior característica: A UNIÃO DE FORÇAS. Jamais a briga sem razão.
Saudações Vascaínas.
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