Hoje começa uma nova fase do campeonato Brasileiro. O fim do 1º turno traz algumas considerações razoáveis sobre qual a meta e a verdadeira luta de cada time na disputa.

Muitos consideram que lutaremos até o fim contra o rebaixamento e, inclusive, essa é a primeira meta de nosso treinador (mostrada em fotos vazadas de preleções e dita em entrevista no último “Bem, Amigos”). Alguns consideraram que poderíamos fazer uma surpreendente luta no meio de tabela, variando de 8º ao 13º lugar sem maiores sustos ao longo do ano. Já o “homem do charuto” cansa de propagar as suas verborragias de que estaremos “nas cabeças” disputando as vagas de acesso a Libertadores.

Ao fim do turno, as considerações da tabela já podem nos dar alguns panoramas dentro da realidade. Hoje, posicionados em 10º lugar, temos uma posição, no entanto, que em um campeonato como esse, tem que ser melhor entendida e estudada. Fizemos 90% do trabalho previsto para o turno e, salvo pelas vitórias sobre SPORT e FLUMINENSE, em casa, não conseguimos um resultado positivo sequer sobre os demais que estão à nossa frente (o empate contra o SANTOS foi ruim, pelas ausências que eles tinham).

Enquanto isso, nossos resultados contra os times abaixo da nossa posição, a não ser a derrota para o Atlético-PR foram absolutamente normais e previstas. “Não fizemos mais do que a obrigação”, como diriam as nossas mães após um resultado escolar que nos surpreendia, até.

Hoje, no entanto, um resultado positivo contra a Ponte é mister para qualquer das metas que tenhamos, mas principalmente, se avançarmos na tabela do campeonato e dermos uma olhada no que temos pela frente: nas 5 primeiras rodadas do returno enfrentaremos 3 dos líderes do campeonato (Palmeiras, Grêmio e Corinthians), um clássico sem sermos mandante (Fluminense) e um jogo fora de casa (Bahia). Previsões nebulosas e sombrias sobre o que está a vir.

E isso soa ainda mais importante ao vermos o comportamento da torcida, em geral. O Vasco, após os incidentes em São Januário e a sua interdição, viu sua torcida se fragmentar, perder a unidade que parecia existir (apesar das brigas após os gritos de “Fora, Eurico”). Hoje há brigas por qualquer motivo: os defensores e os que contestam Eurico, os defensores e os que contestam Milton Mendes, os defensores e os que contestam Martin Silva, defensores e os contestam a Volta de Nenê, etc…Nas mesas de bares e nas redes sociais, as brigas já são grandes, os xingamentos vem se perpetuando e as acaloradas discussões já estão perdendo o senso de coletividade e educação que devem permear o futebol e as relações pessoais, mas nada mais do que reflexo de uma sociedade doente onde o outro não aceita a opinião alheia em paz.

Portanto, o resultado de hoje valerá mais do que 6 pontos, poderá valer a paz em São Januário ou iniciar uma crise ainda mais profunda dentro do Clube da Colina.

/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/