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Como noticiado aqui, nos derradeiros dias da gestão Miranda, foi anunciado o patrocínio da Lasa ao Vasco. As cifras eram boas. Para início de conversa 10 milhões de reais, posteriormente mais 8 milhões, divididos em 12 meses. Para o time de São Januário, tal aporte de dinheiro seria excelente e desafogaria a gestão de futebol. No entanto, não é necessário conhecer profundamente a gestão Miranda para que suspeitássemos desses valores e patrocínio.

A Lasa foi vendida em 2006 para um grupo Indiano chamado Manesh Farma India Enterprise. Desde essa época, a empresa simplesmente sumiu, acumulando processos trabalhistas e nem mesmo renovando as marcas de remédios junto a Anvisa. Em 2016, teve seu laboratório penhorado para liquidar dívidas. O último registro que pudemos achar foi seu único funcionário que aparece nas buscas do Linkedin.

Pois bem, não é necessário ser um Sherlock para descobrir essas informações para lá de suspeitas quanto ao parceiro do Vasco. No entanto, isso não impediu a gestão anterior de assinar a parceria. Pior, nosso ex-presidente ainda soltou mais uma de suas pérolas alegando que a antiga patrocinadora (Caixa) jamais tornaria a figurar em nosso uniforme.

Como sabemos, a vida dá voltas e tem contornos de comédia, ainda mais quando falamos da gestão anterior do nosso Gigante. Após inúmeras tentativas de contato e, inclusive, um bolo em nosso Gerente Científico, Alex Evangelista, em palestra marcada no Congresso Internacional de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo, o Vasco desistiu de receber o valor inicial de patrocínio (pagamento esse previsto para o dia 31/01 e que até o dia 27/02 não tinha qualquer retorno) e retoma negociação com a Caixa.

Bem, o lado positivo é que poderemos cobrar da Lasa a rescisão (apesar de não encontrarmos o tal Doutor Dias, representante da empresa no Brasil). Dado que não cumpriu com o item que dava início ao contrato. Inviabilizando a negociação com outras marcas num momento tão importante para o Vasco, o retorno a maior competição internacional das Américas, a Libertadores. Com o contrato assinado, perdemos tempo vital para conseguirmos parceiros que quisessem expor sua marca em nossos uniformes. Prejuízo incalculável que devemos, mais uma vez, a falta de profissionalismo da gestão anterior. Bastava uma pesquisa (que os jornalistas fizeram em questão de horas) para entender que “desse mato não sai cachorro”.

Resta agora saber se, tal qual uma empresa, o responsável pela assinatura (por parte do Clube) será também penalizado por ter assumido tal compromisso sem sequer ter realizado uma sondagem de histórico da empresa que se tornaria parceira de um clube centenário. Triste ver mais um episódio incluindo a antiga gestão que prejudica o Vasco. Afinal a Diadora segue fabricando uniformes que carecem de qualidade, muito distantes daquilo que o Vasco merece.

Por fim, esse é o momento de Alexandre Campello se posicionar como oposição (como ele cisma em repetir) e responsabilizar aqueles que firmaram o contrato pelo prejuízo financeiro que o Vasco, mais uma vez, levou ao não contar com um patrocínio master em sua camisa. Acho bem difícil, mas aguardo.

Saudações Vascaínas