Por Guto Correia
Nenê e Luan se machucaram nesta última semana. Ambos apresentaram lesões mais complicadas que as habituais e, aparentemente, serão desfalques nos próximos jogos do Vasco. A questão que povoa a cabeça dos vascaínos é: sentiremos falta dos dois, dado a queda no futebol apresentado por ambos nesse início de temporada?
O Vasco de 2016 tinha 3 destaques desde o início da temporada: o goleiro uruguaio Martín Silva, o jovem zagueiro Luan e o experiente meia-atacante Nenê. Os três formavam a coluna vertebral do time que ficou invicto por 34 jogos. Com a ausência do veterano meio campista, apresentamos um futebol abaixo do esperado e acabamos com a série invicta histórica.
Em 2017, a realidade é diferente. Apesar de contarmos com um plantel muito mais forte, os resultados estão custando a aparecer. Muito por causa do fraco técnico escolhido para capitanear a competente equipe, mas também devido à abrupta queda de rendimento de 2 dos 3 pilares do ano anterior.
Nenê parece perdido em campo. Não é mais aquele meio campista decisivo que mudava partidas sozinho. Hoje, apesar de dividir o gramado com jogadores muito mais hábeis, carece em realizar assistências e não se parece nem um pouco com aquele jogador que volta e meia tirava um coelho da cartola para mudar um jogo. Nenê vaga em campo e são raras as jogadas interessantes apresentadas por ele. Será que a idade pesou? Será que a lesão que o afastou dos gramados já tinha se manifestado há tempos? Ou temos o dedo de nosso péssimo treinador nessa queda de produtividade?
Do outro lado, Luan. Veio de um 2015 bom, 2016 melhor ainda. Contávamos que 2017 seria finalmente seu deslanche, mostrando que é, sim, um jogador com nível de seleção e capaz de ser titular absoluto numa zaga que tem Rodrigo como parceiro. No entanto, o combalido coração vascaíno teve que amargurar mais uma frustração. Ao menos até o momento, o zagueiro está apresentando futebol bem abaixo dos anos anteriores, de habilidade que lhe rendeu convocação para a seleção olímpica ganhadora da medalha de ouro e para a seleção principal.
Resta-nos entender se as ausências desses dois jogadores que, repito, foram pilares nos anos de 2015 e 16, afetarão de maneira contundente a equipe cruzmaltina. O time apresenta peças de reposição que andam inspirando confiança no torcedor, principalmente no meio. Guilherme, Escudero, Wagner e Kelvin têm aparecido muito bem em campo. Faltam chances também para o colombiano Escobar.
Na zaga, a realidade é outra. Contamos com Rafael Marques e Jomar para substituir Luan, que, por mais que esteja mal, ainda é o melhor da posição. Resta saber por qual jogador Cristóvão optará. O certo é que Nenê e Luan desfalcarão o Vasco até, ao menos, o jogo de volta da Copa do Brasil, contra o Vitória. Até lá, os selecionados pelo treinador poderão cavar uma vaga no time. Dias preocupantes vêm por aí, principalmente para a nossa fraca zaga.
Saudações Vascaínas
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