Mais do que números

 

Os últimos 7 dias foram insanos! Em mais uma demonstração de sua força, a torcida cruz-maltina aderiu em massa à campanha #AssociaVasco e o número de sócios do clube saltou de 30 mil para mais de 130 mil inscritos, em números gerais e ainda não consolidados.

Dentro de campo, o time do Vasco teve desempenho irregular, como aconteceu ao longo de boa parte da temporada: após uma partida preguiçosa contra o São Paulo, quando foi derrotado por 1 a 0, replicou ao inverso o placar diante do Cruzeiro, num São Januário repleto de quase 20 mil pagantes.

 

O jogo não havia começado e o Vasco já liderava as ações: após uma falta clara em Rossi não marcada pelo árbitro (que precisou do VAR para afastar suspeita de pênalti), o time inaugurou o marcador por meio de Guarín, que concluiu belíssima jogada iniciada por Andrey.

O gol, aliado ao nervosismo do Cruzeiro, manifesto em constantes erros de passe, deu ao Gigante o controle da partida, tanto que, ainda no primeiro tempo, proporcionou outro lance de perigo, em que o juiz chegou a anotar pênalti em cima de Marrony, mas foi convencido a anular a marcação após nova consulta ao árbitro de vídeo.

No segundo tempo, o Vasco permaneceu “cozinhando” o adversário, mas sem a mesma intensidade ofensiva. Se as saídas de Ribamar e Richard eram necessárias (atuações fracas, como de costume), os seus substitutos, Tiago Reis e Felipe Bastos, respectivamente, foram inoperantes. Guarín e Andrey jogavam bem, mas não eram acompanhados no mesmo nível. Marrony, outro em boa jornada, cansou e deu lugar ao burocrático Bruno Gomes.

Com as mudanças, o anfitrião recuou e quase sofreu o gol de empate, mas o placar final de vitória foi um prêmio, nem tanto para o desempenho do time, mas para o amor que a torcida cruz-maltina demonstrou nesta semana, nas redes sociais e na Colina Histórica.

O Vasco chegou aos 47 pontos e conseguiu, com 2 rodadas de antecedência, aquilo que parecia improvável no primeiro quarto do Brasileirão: a permanência na elite do futebol brasileiro em 2020.

Mais do que números, os vascaínos dormem com a certeza do dever cumprido e a esperança de que, unidos, somos capazes de reerguer um Gigante!

O companheiro Orlando Donin e sua esposa estiveram mais uma vez em São Januário para apoiar o time
Roberto Guimarães, também do Saudações Vascaínas, no meio da galera cruz-maltina

/+/ Saudações Vascaínas /+/

Notas:

Fernando Miguel: inseguro principalmente nas bolas aéreas, contou com a ineficiência do ataque cruzeirense. Nota 3.

Pikachu: discreto no apoio ao ataque, bem no setor defensivo. Nota 6.

Henríquez: vinha fazendo um jogo sereno, mas quase fez gol contra ao tentar desviar cruzamento na área – uma temeridade. Nota 4.

Castán: atuou com segurança e se mostrou menos nervoso com a arbitragem. Nota 6.

Henrique: não comprometeu e até foi empenhado, apesar de suas limitações técnicas. Nota 6.

Richard: confuso, lento e inoperante. Nota 2. Foi substituído por Fellipe Bastos, que só foi notado quando deu um chute bizarro, tentando encobrir o goleiro do Cruzeiro. Nota 2.

Andrey: apesar de algumas atuações dispersas, não pode ficar de fora do time titular, porque tem qualidade no passe e visão de jogo. Após bela arrancada pelo meio, fez a assistência para o gol de Guarín. Nota 7.

Guarín: já há redundância em dizer que foi o melhor em campo. Um gol, um cruzamento preciso para a cabeçada errada de Tiago Reis, além da elegância de sempre. Só falhou ao cometer falta boba, quase no fim, que lhe custou um cartão amarelo e a suspensão para o próximo jogo. Nota 8.

Rossi: tem velocidade e inteligência, mas nem sempre consegue associar as duas virtudes. Nota 6,5.

Marrony: arisco, criou boas jogadas pela ponta esquerda e tem conseguido ficar mais de pé com a dura marcação que usualmente sofre. Cansou no meio do segundo tempo. Nota 6,5. Foi substituído por Bruno Gomes, que atuou de forma protocolar. Nota 5.

Ribamar: tem raça e só. Nota 2. Foi substituído por Tiago Reis, que parece ter esquecido da única coisa que já foi capaz de fazer bem: finalizar de cabeça. Nota 2.

Vanderlei Luxemburgo: armou bem o time, mas foi pouco ousado nas substituições. Nota 6,5.

Torcida do Vasco: seja em São Januário ou nas redes sociais, deu mais um show. Nota 10.

Uma resposta para “Mais do que números”

  1. Avatar de DANTE
    DANTE

    Boa análise, Mauro. De acordo. Sobre a adesão em massa, simbolicamente, é muito legal. Sensação de pertencimento sobretudo. Prova de que o Vasco é dos vascaínos, os de verdade, diga-se. Há acerto da diretoria; mas o mérito mesmo é da torcida que pegou no colo o clube, e aí está a viabilizar a gestão atual que merece reconhecimento da iniciativa do CT (mas sem qualquer participação financeira do clube, mas toda da galera, ao menos até aqui), e do projeto de modernização de SJ, esté sim parece ser o maior de todos se for concretizado, sem prejuízo financeiro do clube. É bom reconhecer o êxito dos ditos vascaínos digitais, como é o caso deste brilhante canal, e vários youtoubers cruzmaltinos que insuflaram positivamente a mobilização, provando que contam sim tais vascaínos, e como…Mas meu amigo Mauro, a tal da austeridade alegada pela diretoria é essencial, mas para sustentar a associação, ao menos 70% dela, será necessário dispensar com inteligência a metade desse elenco dos profissionais; valorizar ao máximo a garotada da base, e contratar uns 6 nomes, dentre os quais uns dois de maior peso. Do contrário a torcida recuará, pode apostar, infelizmente. E mais. Pelo menos um grande nome deveria ser anunciado ainda este mês, logo após o jogo da Chapecoense, se Deus quiser com grande atuação e conquista de uma vitória. OBS: Fernando Miguel não dá. Sai do gol em bolas altas pior do que o Martin Silva. Não iremos avançar nas competições sem um goleiro de ponta. Um abraço. SV

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