Vasco e Bangu entraram em campo ontem pela semifinal da Taça Rio, segundo turno do campeonato estadual do Rio de Janeiro. Por ter terminado a fase de grupos em primeiro lugar, o Bangu tinha a vantagem do empate e posicionou sua competente equipe esperando o Vasco e partindo em contra-ataques com o rápido Yaya.
Por sua vez, o Vasco, que fora muito criticado em partidas anteriores por começar com uma intensidade muito forte no início, cansar e não conseguir manter o ritmo no final da partida, veio para campo com uma postura mais cautelosa, tocando mais a bola na tentativa de furar o ótimo bloqueio da defesa banguense, que foi, aliás, a melhor defesa da Taça Rio.
A postura menos intensa da equipe vascaína, não inviabilizou o aparecimento de oportunidades, muito pelo contrário. Foram inúmeras as chances perdidas pelo Vasco no jogo, muitas delas oriundas do lado direito, onde o lateral Cáceres acertava bons cruzamentos para o ataque cruzmaltino. Em um deles, Bruno César acertou um lindo chute com o lado externo do pé, obrigando o bom goleiro banguense a fazer uma excelente defesa.
Enquanto isso, o Bangu tentava sair rápido nos contra-ataques, mas que eram bem interceptados pela zaga vascaína. Em um deles, foi a vez de Fernando Miguel brilhar, espalmando uma bola chutada da intermediária, no ângulo. Uma linda defesa.
O jogo foi muito movimentado e a torcida vascaína, mais uma vez, deu um show, apoiando a equipe o tempo todo. Com mais posse de bola, o Vasco seguia na tentativa de abrir o marcador e conseguiu o seu objetivo, já no segundo tempo, após uma longa troca de passes (mais de 20) e um cruzamento perfeito de Rossi para o jovem Tiago Reis cabecear de forma precisa, deslocando o goleiro do Bangu, que nada pôde fazer. Vasco 1 x 0.
Após o gol, o Vasco ainda permaneceu por mais alguns minutos no ataque e ainda teve algumas chances de ampliar, uma delas com o próprio Tiago Reis, em chute cruzado que o goleiro pegou com dificuldade em dois tempos, quase colocando a bola para dentro.
Após os 22 minutos, entretanto, mesmo ainda bem fisicamente, aparentemente, a equipe do Vasco começou a recuar, cedendo terreno perigosamente par ao adversário. Consequentemente, o Bangu cresceu e começou a pressionar o Vasco para sua defesa, deixando o jogo bem tenso.
Em um desses momentos de pressão, o VAR teve que ser acionado para anular um gol banguense, em jogada bem tramada pelos atacantes alvirrubros.
Para tentar quebrar a pressão do Bangu, o técnico vascaíno colocou Thiago Galhardo e Pikachu, nos lugares de Bruno César e Tiago Reis. Tais substituições se mostraram, por um lado, acertadas, uma vez que o Vasco passou a ter inúmeros contra-ataques, onde poderia ter matado o jogo. Entretanto, os mesmos foram perdidos por preciosismos que irritaram a torcida presente no Maracanã e aqueles que assistiram ao jogo pela televisão.
E assim terminou a partida. Vasco classificado para a final da Taça Rio, mas sobrando uma sensação estranha, presente nos comentários de muitos torcedores, do Vasco ter sido pressionado no final por um time com menos expressão.
Porém, o que realmente deve ser ressaltado, é que o Bangu está longe de ser um time fraco, e mostrou isso com a melhor campanha da Taça Rio, possuindo uma defesa muito consistente, uma distribuição tática bem definida, algumas peças tecnicamente bem qualificadas, sendo uma delas um atacante habilidoso, rápido e inteligente.
Os números da partida, entretanto, falam por si mesmo. O Vasco produziu mais, finalizou 20 vezes, sendo 10 delas para o gol, enquanto o Bangu finalizou apenas 7 vezes, 3 delas para o gol. Um domínio quase absoluto, mas com grandes doses de emoção.
A nota importante do jogo foi a volta de Marcelo Mattos, não pela sua competência técnica, mas pelo prêmio por sua persistência e dedicação, após mais de 2 anos em tratamento e várias cirurgias. Marcelo Mattos é um exemplo de resiliência e merece o apoio e a admiração de toda a torcida vascaína.
A final vem aí !!!
Saudações Vascaínas.
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