Na manhã deste domingo, em São Januário, o Vasco empatou em 1 gol com o Bragantino, em jogo válido pela 12ª. rodada do Brasileirão. Mas o resultado não foi o único “tropeço” do time.
Após a eliminação da Copa do Brasil, Ramon Menezes promoveu algumas mudanças entre os titulares: além das ausências de Andrey e Benítez, por questões físicas (substituídos por Bruno Gomes e Juninho), o técnico cruz-maltino barrou o volante Fellipe Bastos, dando vez a Marcos Jr., e reativou a titularidade de Vinícius.
De fato, o início da partida deu a impressão de que tudo seria diferente: com a intensidade de Marcos Jr., o Vasco pressionava a saída de bola do Bragantino, que não conseguia passar do meio-campo; Juninho apoiava pela esquerda, conferindo a companhia de que Talles tanto demandava; e Vinicius, na direita, dava trabalho aos seus marcadores, com jogadas insinuantes. Numa dessas, cruzou para Talles, que deu lindo drible no zagueiro adversário e fez o gol – anulado, contudo, por impedimento do jovem atacante.
Mas nem tudo era positivo: Miranda, afoito, errava passes simples; Pikachu… bom esse merece um capítulo à parte; e Bruno Gomes não estava no mesmo nível de Marcos Jr. e ainda colocou o braço na bola dentro da área. Felizmente, Fernando Miguel fez a defesa da penalidade.
O segundo tempo começou frenético: em rápida jogada pela esquerda, Juninho cruzou para o gol de Vinícius! Mas, lembram-se do Pikachu? Pois é…
O lateral-direito do Vasco erra passes, não cria, não tem velocidade na marcação, mas segue com “cadeira cativa” entre os titulares. No primeiro tempo, foi peça nula; e, na saída de bola do Bragantino, logo após o gol, praticamente assistiu, sob seu “nariz”, à trama ofensiva que resultou gol de empate do time paulista.
Apesar disso, e da sequência de atuações desastrosas do “Pokémon sem evolução”, Ramon o manteve em campo até os 20 minutos do segundo tempo! Seu substituto, o jovem Cayo Tenório, nos parcos instantes que teve a bola nos pés, deu mais alternativas de jogadas do que Pikachu fez em toda a temporada.
Mas já era tarde: além do forte calor, as equivocadas entradas de Parede e Ribamar minaram qualquer possibilidade de reação vascaína.
Na entrevista pós-jogo, Ramon Menezes disse que gostou do que viu (?) – fazendo lembrar seu antecessor, Abel Braga, com seu “meme” famoso: “perdemos, mas foi lindo”.
Sinceramente, não sei o que pensar. O Vasco até conta com uma garotada boa de bola no elenco, teve um início de campeonato surpreendente… mas a realidade salta aos olhos – ao menos, aos daqueles que têm capacidade pra enxergar. Enquanto o técnico do Vasco achar que está tudo bem, enquanto o técnico do Vasco achar que Pikachu deve ser titular, enquanto o técnico do Vasco usar a máscara nos olhos, e não no nariz/boca, o Vasco vai seguir marcando passo e o Ramonismo vai acabar de revelando uma lamentável ilusão de ótica.
/+/ Saudações Vascaínas /+/
O Saudações Vascaínas elegeu Fernando Miguel como o melhor em campo e Pikachu foi escolhido o pior, por unanimidade.
Bom dia, Mauro. Ótima análise. O Ramón demonstra, infelizmente, que é um promissor técnico, mas que não tem condições de liderar o gigante da colina, neste momento. Não escala bem; não sabe mudar esquema de jogo, e é inseguro para não perder o vestiário, mas que compromete a confiança desta maneira do grupo em seu trabalho, pelas injustiças nas manutenções de peças que podem e devem ser substituídas.