Quando o argentino Maxi López foi anunciado como novo reforço do Vasco para o decorrer da temporada, um misto de sentimentos tomou conta da torcida. A grande maioria vibrou com o acerto, mas tiveram aqueles que ficaram com o pé atrás com a contratação, pois não se sabia ao certo como estaria Max fisicamente e tecnicamente. Os números não eram animadores. As últimas temporadas na Europa tinham sido abaixo do que se espera de um jogador como ele. Era natural a desconfiança. Todavia no fundo, sabíamos que se tratava de um belíssimo jogador, ainda mais para jogar no futebol brasileiro.
Uma torcida carente de ídolos e espezinhada por anos por dirigentes que se apossaram do clube o transformando num feudo, tornava-se o cenário ideal para Maxi chegar e tomar conta do coração dos vascaínos. Mesmo com 34 anos, o argentino dispunha de um currículo interessante, tendo passagens por Barcelona e Milan, por exemplo.
Os vascaínos, passaram a depositar muita esperança nele, pois encontrar um bom centroavante no futebol brasileiro tornou-se obsessão de quase todos clubes, e bem ou mal, o Vasco tinha conseguido trazer um. A posição que antes era um dos sonhos de todo menino, agora no admirável futebol novo, em que se potencializou a questão do “falso 9”, parece não despertar a mesma paixão. Com a escassez de formação de novos centroavantes, o futebol brasileiro passou a recorrer ao mercado latino-americano. Maxi parecia ser uma grande aposta. E para a nossa felicidade, tem sido!
É comumente certo ouvir dos vascaínos em qualquer discussão futebolística que se Maxi López “jogasse numa equipe mais qualificada, ele seria artilheiro desse campeonato” ou “Maxi só recebe bola quadrada desse time e a torna redonda”, “Maxi é muito inteligente”, “Que homem”. Tenho certeza que você leitor, também falou ou no mínimo ouviu de algum irmão vascaíno.
Maxi López é diferente, embora sua função especifica seja fazer gols, trabalha sempre de forma inteligente a bola, seja escorando pra quem chega de trás, seja fazendo o famoso “um dois” com rapidez e inteligência. Ele é a nossa “referência”, termo preciso para quem fica lá na frente, de costas para o gol, levando botinadas no calcanhar, servindo de pivô como no basquete e garantindo uma certa simetria nos ataques. E além disso, tem sido fundamental nas assistências, até agora, foram quatro no campeonato.
A camisa onze, a mítica camisa onze que foi de Romário, caiu muito bem nele. Maxi em forma, é um atacante diferenciado. O argentino sobra! Adaptando um texto de Luiz Fernando Veríssimo digo, nenhum outro jogador vive tão perto do cerne, da razão depurada e da glória final do futebol, que é a bola dentro do gol, como Maxi López, o trator da colina!
Créditos da imagem destacada: Esporte Interativo.
(+) Saudações Vascaínas (+)
Deixe uma resposta