Meu jogo inesquecível

Por Matheus Barbosa

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Bom dia, torcida vascaína! Pra estrear minha volta ao blog, resolvi escrever um texto sobre um dos jogos mais marcantes do Vasco que eu já assisti.

Por ter apenas 23 anos, não tenho na memória a era de ouro dos anos 90, mas eu poderia muito bem falar do jogo da final da Copa do Brasil de 2011, ou daquele jogo contra o Fluminense na penúltima rodada do Brasileirão, também de 2011, quando o Bernardo fez o gol da vitória no último minuto e nos manteve na briga pelo título. No entanto, todos vocês já conhecem esses jogos e provavelmente sentiram o mesmo que eu.

Então, vou falar sobre um jogo que nem todo mundo lembra. Era dia 26 de setembro de 2007 – 3 dias antes do meu aniversário – e o Vasco ia pegar o Lanús da Argentina pelo segundo jogo da Sulamericana, depois de ter tomado no lombo 2×0 em Buenos Aires graças ao grande DUDAR. Ou seja, o time precisava fazer 2×0 aqui no Rio pra ir pros pênaltis ou 3×0 pra classificar direto. Tomar gol nem pensar.

Na época eu tinha 13 anos e nunca tinha ido assistir um jogo do Vasco no estádio, muito porque eu e minha mãe somos os únicos vascaínos da família e todo o resto é flamenguista e tricolor, logo, ninguém me levava. Eu insisti pro meu pai tricolor me levar no jogo e ele chegou a comprar os ingressos (que guardo até hoje), mas, ao ver que o horário do jogo era 21h30, acabou desistindo de ir por ser tarde demais. Eu acabei vendo pela tv mesmo.

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Olha essa escalação meu Deus.

Com a tv ligada e rádio no ouvido, vi o Vasco lutando pra abrir o placar, e aos 30 do primeiro tempo, Leandro Amaral abre o placar de rebote: 1×0 Vasco. Começa o segundo tempo e o Vasco é só pressão. Conforme o tempo passa, o nervosismo vai batendo e as unhas dos dedos da mão se acabando.

Foi aí que, aos 30 minutos do segundo tempo, Leandro Amaral faz uma linda tabela com o Wagner Diniz (também conhecido como coveiro de tanto que cavava pênalti), que sai na cara do gol e mete no meio das pernas do goleiro e pra dentro das redes. Vasco 2×0 e o jogo indo pros pênaltis.

Um pouco mais aliviado, mas ainda com medo de tomar um gol do nada (afinal, tínhamos Luizão e Julio Santos de zagueiros, além de Jorge Luis e Vilson no banco), o jogo foi chegando perto do fim. Aos 45 do segundo tempo (literalmente), o lateral Guilherme cruza na área, Alan Kardec desvia de cabeça e a bola sobra quicando no segundo pau pro Leandro Amaral, que, com a bola no ar e totalmente sem ângulo, toca sutilmente no meio das pernas do goleiro.

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Vasco 3×0 e classificado. Leandro Amaral sai correndo pra antiga grade da geral e se pendura como um louco comemorando com a torcida. Não teve como segurar aquela injeção de adrenalina. Saí pulando pela casa igual maluco e acordando os vizinhos. Não pensei que fosse me arrepender tanto de não ter ido à esse jogo.

Apesar de termos sido eliminados na fase seguinte pelo América do México – e com o ROMÁRIO de técnico depois que o Sexy Roth foi demitido, lembram? – esse jogo sempre ficou e sempre ficará marcado na minha memória. Leandro Amaral foi um mercenário no fim das contas, mas as atuações dele pelo clube me fizeram vê-lo como um ídolo na época.

E pra vocês, qual jogo do Vasco “diferente” que sempre ficará marcado na memória?

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