O mais recente filme da franquia de grande sucesso “Missão:Impossível” tem um curioso subtítulo: “Fallout”. A expressão inglesa tem dois significados, ambos ligados à sinopse da película: o literal corresponde à precipitação radioativa decorrente da explosão de uma bomba nuclear e é uma provável consequência do uso criminoso de plutônio que a equipe liderada por Ethan Hunt (personagem de Tom Cruise) tenta evitar; o sentido figurado é efeito colateral, geralmente negativo, de um ato ou evento. É o que sofre Hunt, já que precisa anular sua vida pessoal em nome de suas missões ultrassecretas.

Tudo a ver com a situação atual do Vasco. Após ter sido “bombardeado” por seguidas gestões desastrosas, o Gigante da Colina sofre com as consequências da “poeira radioativa” que paira nos ares de São Januário: com os cofres vazios e sem patrocínios rentáveis, o clube tem um elenco pobre de recursos técnicos e sem perspectivas de contratações que possam ao menos mitigar esses efeitos colaterais em curto prazo.

Pior: desde a primeira rodada na lanterna do Brasileirão – última competição que resta ao Vasco em 2019 -, a equipe cruz-maltina ainda sofre com a “síndrome dos acréscimos“, como bem denominou o colega Rodrigo Machado o infortúnio de levar gols nos últimos minutos dos jogos.

 

E, apesar de toda a sua experiência como treinador, sabemos que Vanderlei Luxemburgo não é nenhum agente secreto nem possui os dotes necessários para evitar, por si só, o colapso total do Vasco. Abro parêntese: apesar da carência técnica, o time mostrou alguma evolução no ainda inicial trabalho de Luxa. Fecho parêntese.

De toda sorte, a missão, se não impossível, é extremamente árdua. E não falo apenas da fuga do rebaixamento – triste praxe vascaína na última década. Trato da reconstrução de um time de futebol, que precisa sobreviver a esse verdadeiro apocalipse pelo qual passa e, quem sabe um dia, voltar a dar orgulho para o seu torcedor.

 

/+/ Saudações Vascaínas /+/

Fonte: dictionary.cambridge.org; cinepop.com.br