*por Dante Bruno Filho
É notório que Ramon Menezes tem crédito, especialmente por conta da organização que imprimiu ao time desde a sua chegada ao Vasco, que coincidiu com o retorno aos treinamentos do time, após a longa inatividade por conta da pandemia, ainda em curso. Enfim, mérito enorme pro nosso treinador: compactou a equipe e conferiu a ela padrão tático, fazendo com que o time jogasse desde o setor defensivo por toques de bola, sem chutões.
Mas, se é verdade que o “Ramonismo” tem suas virtudes, como acima citado brevemente, também não é menos verdade que já passou do ponto em suas extremas convicções, já sem fundamento há muitos jogos. Assim, as presenças de Yago Pikachu e Fellipe Bastos na titularidade, até aqui quase que absoluta, não se sustentam e não se justificam, ainda que não sejam fartas as suas opções; mas há.
O Vasco tem se tornado previsível à luz dos seus adversários. Talles isolado e muito marcado como “ponta esquerda”, a frágil e comprometedora marcação de Fellipe Bastos no meio de campo e a péssima fase de Pikachu – que sequer tem apoiado o time no setor ofensivo, promoveram, no sentir de muitos, dentre os quais este que escreve, o capítulo final do Vasco na milionária competição da Copa do Brasil deste ano.
O time ontem precisava vencer, mas a escalação do Vasco sinalizou o oposto. Neste momento, Marcos Jr. mereceria permanecer no time no lugar de Fellipe Bastos, por ser mais ágil e demonstrar estar em boa fase técnica. Na direita, o jovem Cayo Tenório já deveria ter tido sequência de jogos. Na lateral esquerda, ao menos ontem, Neto Borges certamente seria uma alternativa para a ofensividade quanto ao apoio, mas ele só entrou no jogo, na vaga do Henrique, aos 40 minutos do segundo tempo (!?).
Outro aspecto que preocupa e muito – repito – é o isolamento de Talles que, a cada dia, a cada jogo, a cada drible errado e chute mal dado, faz diminuir o brilho da nossa “joia”. Seria apenas má fase técnica? Uma vez mais, creio não ser. Talvez fosse melhor conferir uma sequência de jogos a ele na faixa central, quem sabe como ponta de lança, trocando “figurinhas” com o Benítez, confundindo talvez a marcação do adversário. Enfim, todo torcedor tem o seu time e mais uma vez não sou diferente.
Fato é que, mercê de opiniões como as modestas acima expostas, o time decresce a olhos vistos, e a comissão técnica, liderada por Ramon (jovem técnico, mas experiente no “meio” do futebol), parece ignorar o declínio notório. Ao não ousar, especialmente ontem, ao não criar alternativas de jogo ofensivo, permitiu-se que o Alvinegro conseguisse o empate para seguir na competição. Fica o alerta para a comissão técnica, na pessoa do “comandante” que, apesar de merecer continuar sendo técnico do time, precisa ter a mente aberta para mudar quando necessário; afinal de contas, no jargão militar “guerra avisada só morre quem quer”.
Pela primeira vez o Saudações Vascaínas pôde reunir cinco dos seus participantes numa live: Dante, Mauro, Orlando, Roberto e Rodrigo.
Pikachu foi eleito o pior em campo e Andrey foi escolhido como o melhor jogador.
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