O ano é 1998. Enquanto o Vasco da Gama conquistava a América, Vanderlei (ou melhor, à época, Wanderley) Luxemburgo, conquistava o terceiro de seus cinco títulos nacionais como treinador, pelo Corinthians, e era dado como nome certo para substituir Zagallo no comando técnico da Seleção Brasileira após a Copa do Mundo – o que acabou acontecendo. Vasco e o “pofexô”, por caminhos diversos, ostentavam uma reputação de luxo.
Passados 21 anos, as realidades de ambos são diametralmente opostas: o Vasco, após 3 rebaixamentos nacionais e uma coleção de fracassos dentro e fora de campo, não é nem sombra do clube vencedor das décadas passadas; Vanderlei, após escândalos pessoais e uma impressionante derrocada profissional, viu sua carreira quase encerrada. Ou seja: ambos veem sua reputação esportiva jogada no lixo.
Quis o destino (ou, se preferir, o Presidente Alexandre Campello) que os dois “vês” mais bem-sucedidos dos anos 90 cruzassem seus caminhos neste momento: o Vasco conta com a experiência de Vanderlei Luxemburgo para se reerguer no cenário do futebol brasileiro e o “ex-melhor-técnico-do-Brasil” precisa emplacar um bom trabalho num grande clube para provar que promoveu, de fato, uma reciclagem em sua carreira.
Pessoalmente, não acredito nem que o Vasco vai evoluir tecnicamente com o atual elenco, nem que Vanderlei voltará a ser um treinador de sucesso. Pauto minha opinião pelos resultados recentes de ambos e pelo desnível que eles demonstram em relação à concorrência.
Ter “Luxa” à frente da Nau Vascaína neste momento não é mais um privilégio; entretanto, consideradas as recentes decepções, não chega a ser o pior dos cenários.
Como vascaíno, não consigo NÃO torcer pra dar certo. Ou, ao menos, permito-lhes o benefício da dúvida. Há muitas rodadas de Brasileirão pela frente e só o tempo dirá o que estará reservado a eles ao término da temporada.
E, como diz a letra da canção de Rita Lee:
“Nessa canoa furada, remando contra a maré, não acredito em nada, não, só não duvido da fé”.
“Não quero luxo, nem lixo. Quero saúde pra gozar no final.”
/+/ Saudações Vascaínas /+/
Infelizmente, a razão diz isso aí, exatamente, no melhor estilo de Rita Lee, essa espetacular artista do nosso Brasil. Vamos aguardar…aliás expressão verbal mais vetusta e ao mesmo tempo presente no sem futuro presidente antiético Campello, ou seria o tal Golpello? SV