Nos últimos dias começaram a circular enquetes em grupos do Vasco nas redes sociais perguntando a opinião dos torcedores sobre um possível retorno do meia Nenê, hoje jogador do São Paulo.
O meia que teve destaque nos primeiros meses no tricolor paulista sofreu uma queda no rendimento e, dentre outros fatores ocorridos no elenco do São Paulo, acabou indo parar no banco de reservas. Antes de ser preterido do time titular, Nenê já mostrava descontentamento ao ser substituído no decorrer de alguns jogos. No último domingo, contra o Flamengo, o meia não foi escalado entre os titulares e sequer entrou no segundo tempo. O resultado foi uma saída rápida do estádio após o término do jogo.
Todo esse burburinho começou a movimentar a torcida vascaína. Caso Nenê saia do São Paulo, você o aceitaria de volta ao Vasco?
Eu, categoricamente, digo que não.
“Rodrigo, você está maluco?”, “Ah, com o Fabrício está melhor, né?”, “Cara como esse só pode estar torcendo contra. Não é possível.”
Foram algumas das coisas que li após expor minha opinião.
Nenê teve grande importância para o Vasco durante o tempo em que vestiu a camisa 10 do Gigante da Colina. Entre assistências e gols, foi o maior responsável pelos tentos cruz-maltinos nesse período. Mas Nenê não lida bem com essa questão de titularidade x reserva. Mesmo tendo sido importante como foi para o Vasco, em determinados momentos esteve mal. Também teve que amargar banco em 2017 e teve atitudes muito ruins quando isso aconteceu. Comportamentos que, a meu ver, são um tanto constrangedores e deprimentes para um atleta do nível e da idade dele.
Nenê saiu do Vasco por vontade própria. O clube não cumpriu com suas obrigações, ele recebeu propostas e entrou em acordo para sair. O mesmo aconteceu com Anderson Martins e Escudero. Eles são os vilões? Claro que não. O meu ponto é que vivemos tanto tempo de escassez de títulos e ídolos que a torcida ficou carente. Se apega fortemente a qualquer jogador que tenha tido algum destaque dentro de campo, mesmo que com isso trouxesse outros problemas.
Eu não queria que ele saísse. Mas saiu! Hoje eu não o quero de volta. O Vasco não pode ser refém de um jogador de 37 anos que não aceita sentar no banco de reservas em prol do bem do time. Jogadores reservas também têm sua importância. O Boca Juniors é exemplo disso, hoje tem o luxo de ter Tevez e Gago no banco, ambos os jogadores de sucesso na Europa, mas que hoje entendem o momento e aceitam o banco de reservas. Mas para o Nenê isso é inviável. Extrapola a questão de competitividade. É um estrelismo que afeta o grupo. Por isso, eu passo. O Vasco não pode ser refém de jogador nenhum.
Nenê, muito obrigado pelos serviços prestados. Mas não precisa voltar!
/+/Saudações Vascaínas/+/
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